Fez os primeiros estudos em Uberaba, continuando-os em Campo Belo e Ouro Preto. Transferiu-se para São Paulo, onde frequentou a Faculdade de Direito, tornando-se amigo de Álvares Azevedo e Aureliano Lessa. Interessou-se, na faculdade, mais por poesia e literatura do que pelas ciências jurídicas. Colaborou em diversos jornais, revelando-se um crítico mordaz. Em 1852, publicou seu primeiro livro, Cantos da Solidão. Nesse mesmo ano, foi nomeado juiz municipal e de órfãos em Goiás. Por essa mesma época, colaborou no jornal Atualidade, do Rio de Janeiro, do qual passou a diretor e 1859.
Alguns anos depois, retornou para Ouro Preto, onde passou a dedicar-se à poesia e ao romance. Ensinou Filosofia e Retórica no Liceu Mineiro de sua cidade natal. Suas obras mais marcantes são: O Ermitão de Muquém Na Província de Goiás (1869), Lendas e Romances (1871), O Seminarista (1875), História e Tradições de Minas Gerais (1872), O Índio Afonso (1873), A Escrava Isaura (1875), Novas Poesias (1876), Maurício ou os Paulistas em São João Del Rei (1877), Rosaura, a Enjeitada (1883), Folhas de Outono (1883). É o patrono da cadeira n.º 5 da Academia Brasileira de Letras.
Seu romance mais importante, A Escrava Isaura, que conta as agruras de uma escrava branca numa fazenda do Vale do Paraíba, é um dos livros mais lidos da literatura brasileira em todos os tempos. Foi adaptado para o cinema em 1929 pelo diretor Antônio Marques Costa Filho, em 1949, pelo diretor Eurípedes Ramos. Depois, foi transformado em novela pela Globo em 1976, com Lucélia Santos (foto da esquerda), e pela Record, em 2004, com Bianca Rinaldi (foto da direita), no papel de Isaura. Outra de suas obras-primas, O Seminarista, foi adaptado para o cinema em 1977 pelo diretor Geraldo Santos Pereira. A obra conta a história de um fazendeiro que obriga o filho a ser padre. Aproveita para discutir o dogma católico do celibato.