antonio-gaudi in1Gaudí

ANTONI PLACID GAUDÍ I CORNET nasceu no dia 25 de junho de 1852, na cidade de Reus, Catalunha, Espanha. Morreu no dia 10 de junho de 1926, na cidade de BarcelonaPrincipal figura do chamado “modernismo catalão”, partiu dos princípios ecléticos e neogóticos para chegar, por volta de 1900, numa interpretação extremamente original e audaz do estilo art noveau, com uma exuberância plástica característica da região de Barcelona. Na exposição realizada em 1910, na Sociedade de Belas-Artes de Paris, França, seu trabalho foi violentamente criticado.

O público não podia compreender as bases de sua arquitetura. Para ele, todas as linhas e movimentos se apoiavam nos princípios dinâmicos dos organismos vivos da natureza.  A arquitetura devia se adequar ao ambiente natural e tomar por modelo as formas da natureza. Um exemplo é o Parque Güel (1900-1914), em Barcelona: seus balaústres, muros, escadas e fontes parecem parte integrante da paisagem natural. Considerado um dos mais audaciosos arquitetos do mundo, suas obras transmitem grande admiração ou rejeição total. Elas praticamente não permitem a apatia. Em Barcelona, encontra-se a maior parte dos seus trabalhos, inclusive seu obra-prima, a catedral inacabada da Sagrada Família (1909-1926).

A parte que ele conseguiu executar foi construída com a ajuda do povo, que contribuía com donativos. Ela é de inspiração claramente gótica, com formas arrojadas e originais. A arquitetura da catedral aproxima-se da escultura, como testemunham as quatro torres da fachada, seus três pórticos e os frontões, de onde emergem esculturas representando diversos episódios da vida de Jesus CristoO Palácio de Güel, executado entre 1885 e 1889, em Barcelona, com arcadas cavaladas, colunetas em espiral e aplicações de ferro rendilhado, confunde-se com o verdor da natureza, testemunhando a extraordinária sensibilidade do artista. A parte mais interessante da construção são dois arcos em formato parabólico, intercalados por uma rica decoração em ferro batido, inspirada nos brasões catalães. Entusiasta do uso de materiais diversos, o arquiteto recorreu à cerâmica, às pedras e também ao ferro.

Antecipando conquistas posteriores, como a liberdade formal, o uso não convencional de materiais e a experimentação prática na obra contra as teorias convencionais de cálculo, ele é uma das maiores ligações entre o art noveau dos fins do século XIX e a arquitetura do século XX e entre esta e a escultura. Ele participou plenamente do espírito art noveau, exprimindo sua suntuosa e refinada fantasia e seu lírico decorativismo, mas permaneceu independente em relação aos grandes centros europeus. A Casa Milá (1905-1910), com paredes serpenteantes e balcões contínuos, tem um aspecto quase surrealista. Aliás, o arquiteto foi muito admirado pelos adeptos do Surrealismo. Sua originalidade se expressou também na Casa de Vicens (1878/1880). Ela é arrojada e moderna, embora ainda com influência de decorações mouriscas. Também se destaca entre as suas obras a Igreja Santa Coloma de Cervelló, com colunas inclinadas, cujo início se deu em 1898.

 

 



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