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Categoria: Pintores Franceses
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louis-david1Louis David

JACQUES-LOUIS DAVID nasceu no dia 30 de agosto de 1748, na cidade de Paris, França. Morreu no dia 29 de dezembro de 1825, na cidade de Bruxelas, Bélgica. Pintor francês, foi educado por um tio que era arquiteto. Influenciado, logo desenvolveu o gosto pelo desenho. Aos dezoito anos, tornou-se aluno da Academia Real de Paris, onde teve como professor o Joseph Marie Vien (1716-1809). Este havia dado início a um movimento artístico então denominado “moda pompeiana”, sob inspiração das recém-descobertas ruínas da cidade italiana de Pompeia. Coube a ele desenvolver esse movimento, mais tarde conhecido como neoclassicismo. No entanto, a arte oficial, estabelecida e reconhecida, ainda era o rococó.

E foi com uma obra quase desse tipo (“Antioco Morrendo Pelo Amor da Sartantonice”, de 1774) que obteve o seu primeiro triunfo artístico: o Prêmio de Roma. Em 1775, viajou com o mestre para a Itália, onde a atuação dos papas (reabrindo as antigas galerias de arte), o interesse por Pompeia e o retorno ao gosto clássico haviam reconduzido Roma à posição de mais importante centro artístico europeu. Acreditando na superioridade da cultura antiga, a corrente neoclássica envidava esforços para criar suas obras à semelhança das gregas, latinas ou da Renascença Italiana. Acompanhado do teórico Quatremère de Quincy, visitou Pompeia, dedicando-se a copiar baixos-relevos e estátuas, para aperfeiçoar a técnica. Por seu turno, um escultor ensinava-lhe a observar os modelos vivos sob “o prisma da arte helênica”.

A estada na Itália se prolongou por cinco anos. De volta à França, expôs um grande desenho — “Os Funerais do Pátroclo” —, esboço para uma pintura que não chegou a se concretizar. A partir de então, o estilo e a temática dele passaram a ser organizados nos moldes clássicos. Produziu várias obras, aceitas imediatamente pelo público e pela crítica. Foi admitido na Academia Real e abriu um estúdio próprio, que seria um dos mais frequentados de Paris. Em 1748, iniciou a obra “Juramento dos Horácios”, que seria concluída durante uma nova viagem à Itália. Nessa tela, ele define os contornos e volumes através das cores. A tela representou a consagração definitiva dele e, por extensão, a consagração do neoclassicismo. Reagindo ao rococó cortesão, esse movimento se tornou a arte oficial da Revolução Francesa. E ele seguiu a onda, elegendo-se deputado à Convenção Nacional (1792).

Também se tornou membro do Comitê de Arte e Instrução Pública. Manteve-se como um ditador nas artes francesas até a queda do Napoleão Bonaparte. Nesse período, a arte dele se voltou para os temas revolucionários. Mas durante o período napoleônico, começou a perder a sobriedade clássica, influenciado pelo fausto da corte. Assim, o luxo e a riqueza de detalhes apareceram em algumas obras, com destaque para a “Coroação de Napoleão em Notre-Dame”. Como pintor patriótico oficial, praticamente renunciou ao estilo anterior, mesmo nas obras desligadas da política. É o caso da “O Rapto das Sabinas”, tela em que os três princípios básicos dos clássicos — sobriedade, simplicidade e dignidade — já estão inteiramente renegados. Com a queda do Napoleão e a restauração monárquica, caiu em desgraça, pois, como deputado, votara pela condenação à morte do rei Luís XVI. Passou os anos finais da sua vida exilado na cidade de Bruxelas, Bélgica, onde morreu.