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BELMIRO BARBOSA DE ALMEIDA nasceu no dia 22 de maio de 1858, na cidade de Serro, Minas Gerais. Morreu no dia 12 de junho de 1935, na cidade de Paris, França.
Estudou no Liceu Imperial de Artes e Ofício e, a partir de 1877, na Academia Imperial das Belas Artes. Em 1888, seguiu para a Europa, a fim de completar sua formação artística. Em Paris, estudou com Jules Lefrève. Voltando ao Brasil, lecionou na Escola Nacional de Belas-Artes. Em 1877, publicou sua primeira caricatura, seguindo-se uma série de publicações em revistas como O Rataplan, O Malho, Fon-Fon, etc.
Vivendo em Paris, a capital francesa, sofreu influência de várias correntes da pintura que foram contemporâneas, como o Pontilhismo, que se caracteriza por ser uma técnica em que pequenas manchas, pontos, justapostos, provocam uma mistura óptica nos olhos do observador, e o Futurismo, que utilizava cores vivas e contrastes, sendo que a sobreposição das imagens pretendia dar a idéia de dinamismo. Como escultor, reproduziu a estádua do Meneken-Piss, de Bruxelas, que, colocada na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, ficou conhecida como Manquinho. Entre seus melhores óleos sobre tela, destaca-se a obra Arrufos, que traz o poeta e crítico de arte Gonzaga Duque como modelo.
O quadro Arrufos foi pintado em 1887. É considerada pelos críticos uma das mais belas obras primas da pintura nacional. O termo “arrufos” quer dizer uma briga de amor. Porém na obra, percebe-se muito mais do que isso, quando se a analisa cuidadosamente. O quadro está no acervo do Museu Nacional de Belas-Artes e é sem duvidas uma das mais tristes cenas já pintadas. Percebe-se o sofrimento da mulher perante algum ato. E, em grande contraste, o homem sentado fumando um charuto, tão decepcionado que parece ignorar e não dar importância ao sofrimento da mulher.