22/01/1997 — O destaque das páginas amarelas da revista Veja é o artista plástico Siron Franco. Engajadíssimo em questões políticas, já levou ao Congresso Nacional sessenta antas de gesso, para defender a ecologia, e 1.020 caixões de crianças, para protestar contra a mortalidade infantil. Também pintou o acidente com o césio 137, ocorrido na cidade de Goiânia-Goiás, e a queda do avião Folker da TAM, em São Paulo. É um dos artistas vivos mais valorizados no mercado. Já espalhou cerca de mil quadros pelo mundo. Em novembro de 1998, teve um quadro negociado na casa de leilão Sotheby´s de Nova York por trinta e três mil dólares. Disse ele, que, se morasse nos Estados Unidos, a tela seria vendida por, no mínimo, cem mil dólares. Além disso, realizou exposições em Bruxelas, Bélgica, e na Cidade do Panamá.
Frases
Mercado: “Vivo com o cheque especial estourado. Dos quatro mil quadros que fiz, dei boa parte, queimei outra. Se eu visasse o lucro, buscando as verdinhas, teria de modificar meus hábitos. Não me adapto ao mercado. Ele é que tem de se adaptar a mim”.
Filho: “Jean começou a se drogar aos doze anos, mas só vim a saber quando ele tinha dezesseis. Você não imagina estar pintando e ligarem avisando que o seu filho está em cima do prédio e que vai pular. Foi um momento difícil da minha vida, mas eu aprendi muito”.
Gessiron Alves Franco nasceu no dia 25 de julho de 1947, na cidade de Goiás, Goiás. Filho mais novo de um trabalhador rural, mudou-se para Goiânia ainda criança. Autodidata, começou com pequenos desenhos até evoluir para a pintura a óleo. Em 1967, fez o retrato da esposa do governador do seu estado, fato que lhe deu notoriedade junto à sociedade goiana. No ano seguinte, fez uma exposição na Bienal da Bahia, sagrando-se vencedor do Prêmio de Aquisição. Alcançado o sucesso nacional, voltou-se para o mercado internacional em 1976. Suas telas começaram a rodar o mundo, chegando ao auge, em 1987, com uma temporada de seis meses na Itália. Realizou mais de oitenta exposições individuais. Estima-se que tenha pintado mais de cinco mil quadros. É um dos poucos pintores brasileiros, cuja obra é reconhecida também no exterior.