Imprimir
Categoria: Atrizes Paulistanas
Acessos: 5725

 Abismo

29/01/2015 — Logo depois de girar o país com a peça “À Beira do Abismo” e pouco antes de voltar à televisão, Maitê Proença fez uma pausa na carreira de atriz para levar adiante a sua faceta de escritora. O seu novo livro — “Todo Vícios” — saiu pela Editora Record, tem 232 páginas e preço sugerido de R$ 30,00). Stella, a protagonista da narrativa, é uma independente e bem-sucedida atriz e escultora, que, na casa dos 40 anos, já se julga indiferente ao amor. A indiferença, no entanto, revela-se frágil, e ela logo se envolve com um publicitário cinquentão. Ora afetuoso, ora frio e distante, o homem enigmático a atrai, apesar dos alertas de uma amiga segundo os quais ele parece “doido de rasgar dinheiro”. Ela tem outros quatro livros publicados. Atualmente, encarna a personagem Kitty Santana, na novela “Alto Astral”.

m-proenca1Maitê
MAITÊ PROENÇA GALLO nasceu no dia 28 de janeiro de 1960, na cidade de São Paulo.É filha de um promotor de Justiça e de uma professora de filosofia e música. Em 1963, foi matriculada numa escola americana, destinada aos filhos de industriais e missionários americanos, ingleses, australianos e sul-africanos, o que daria as marcas da sua futura educação. Aos 12 anos, perdeu a mãe e, de certa forma, também o pai, que se mudou para outra cidade, distanciando-se dos filhos. Ela e o irmão foram para um pensionato luterano, onde ficaram por três anos.

Nesse período, também morou na casa de amigos e conhecidos. Aos 14 anos, começou a namorar um rapaz de 18. O pai, inquietado, achou por bem mandá-la passar uns tempos na França. Voltou à Europa em 1977 e viajou por mais de 30 países, incluindo alguns da África e da Ásia. Em Paris, teve a sua primeira experiência com artes cênicas e matriculou-se em um curso de mímica. De volta ao Brasil em 1979, começou a fazer teatro com o diretor Antunes Filho e a estudar roteiros para cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Em seguida, o escritor Mário Prata, um dos palestrantes do curso no MIS, a convidou para um teste na TV Tupi.

Começava, assim, a sua carreira como atriz. Na Tupi, estreou com a novela Dinheiro Vivo, onde fez o papel de Joaninha, em 1979. Da TV Tupi para a Rede Globo foi um pulo. Transformou-se em pouco tempo num ícone da televisão, participando desde então de mais de cinquenta produções, entre novelas, minisséries e cinema. Teve também uma produção muito grande no teatro e enveredou pelos caminhos da literatura, com a peça Achadas e Perdidas, com o romance Uma Vida Inventada e com as crônicas Entre Ossos e a Escrita. É considerada uma das atrizes brasileiras mais preparadas intelectualmente. Foi capa da revista Playboy em agosto de 1996. Na edição dos quarenta anos da revista, em 2015, foi a entrevistada. Em 2017, depois de anos de parceria, teve  rescindido o contrato que mantinha com a TV Globo.