ELIZABETH MARIA SILVA FARIA nasceu no dia oito de maio de 1941, cidade do Rio de Janeiro. A carreira do pai, militar do Exército, obrigou a família a constantes deslocamentos pelo país. Os pais queriam que ela fosse médica, mas desde criança os pendores dela foram pela dança. Aos 15 anos, já dava aulas de balé nos clubes cariocas Caiçara e Monte Líbano. Em 1959, com 18 anos, entrou para o corpo de baile da extinta TV Rio. Entre 1960 e 1961, participou do show “Skindô” e, em 1962, fez “Tio Samba”. No ano seguinte, foi contratada pelo Carlos Machado — o rei da noite no Rio de Janeiro — para ser a estrela do show “Chica da Silva”,
Nesse show ela cantava, dançava e representava ao lado do Grande Otelo. Nessa época, já era conhecida com uma das mulheres mais belas do Brasil. Antes de se tornar atriz, passou por vários programas humorísticos das também extintas TV Excelsior e Tupi. Em 1965, fez a primeira peça de teatro, “Inocentes do Lebron”, e o primeiro filme, “Amor e Desamor”. Lutando sempre contra os preconceitos que cercavam as bailarinas, começou a estudar teoria da interpretação. Em 1966, ligou-se ao Teatro Oficina, começando uma série de laboratórios com o Eugênio Kusnet. Esse trabalho culminou na estreia no teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, encenando o clássico “Pequenos Burgueses”, do russo Máximo Górki.
Naquele mesmo ano, passou a viver com o ator Cláudio Marzo e fundou com ele o Teatro Carioca de Arte. Esse teatro abrigou as montagens das peças “Bravo Soldado Schweik” e “Falsa Criada”. Com os acontecimentos de 1968 e as crescentes dificuldades por que passava a classe teatral na época, viveu um período muito difícil entre 1969 e 1971. Foi uma época em que se entregou às drogas, numa fase bastante autodestrutiva. O convite do Daniel Filho para trabalhar na novela “O Homem Que Deve Morrer”, em 1970, tirou-a do mau caminho. Esse novo caminho a levou a grandes triunfos na televisão, tornando-se uma atriz de referência para grandes produções da Rede Globo. Além de filmes, novelas e minisséries, atuou em inúmeras peças de teatro. Até 2020 registra no currículo 28 filmes e 31 novelas.
Principais novelas
1969 Véu de Noiva
1972 O Bofe
1974 O Espigão
1975 Pecado Capital
1976 Duas Vidas
1980 Água Viva
1984 Partido Alto
1989 O Salvador da Pátria
1990 Tieta
1992 De Corpo e Alma
1995 A Idade da Loba
2006 Pé Na Jaca
2007 Duas Caras
2010 Uma Rosa Com Amor
2012 Avenida Brasil
2014 Boogie Oogie
2017 A Força do Querer