raizes-do-brasil1Raízes do Brasil
22/08/2016 — Chegou às livrarias brasileiras uma edição crítica do livro “Raízes do Brasil”, um clássico da sociologia lançado originalmente em 1936. Escrito pelo sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, a obra teve várias releituras a partir de 1948, quando foi lançada a segunda edição. Edições críticas são aquelas que, além de primarem pela transcrição acurada do texto definitivo de uma obra, cotejam-no com as versões anteriores. Esta edição é organizada pelos professores Lília Moritz Schwartz, da Universidade de São Paulo, e Pedro Meira Monteiro, da Universidade de Princeton, Estados Unidos. Em notas de rodapé, vão registradas todas as variantes das edições anteriores. “Raízes do Brasil” ficou famoso no mundo todo por apresentar aquele que seria o “homem cordial”, o brasileiro miscigenado.

sergio-buarque 20160826Sérgio Buarque de Holanda
Nasceu no dia 11 de julho de 1902, em São Paulo. Morreu no dia 24 de abril de 1982, no Rio de Janeiro. Cursou direito e trabalhou como jornalista no O jornal e na agência de notícias Havas (atual France Presse). Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 representando a revista Klaxon, porta-voz do movimento, e como criador e editor da revista Estética, que discutia as suas tendências da mostra. Trabalhou na Alemanha em 1929, como correspondente dos Diários Associados. Nesse período, entrou em contato com ideias de intelectuais como o economista Werner Sombart e o filósofo Max Weber.

Começou, aí, a esboçar a teoria sobre a formação cultural, econômica e social do país, estudos que redundariam na obra “Raízes do Brasil”, de 1936. De volta ao Brasil, trabalhou em vários órgãos públicos. Também lecionou história na Universidade de São Paulo de 1956 a 1969, quando pediu aposentadoria em solidariedade aos colegas cassados pelo regime militar. Passou os anos seguintes no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, especialmente na Itália, onde lecionou por dois anos na Universidade de Roma. Publicou outros livros importantes, como “Monções”, “Da Escravidão ao Trabalho Livre” e “Visão do Paraíso”, além de dirigir a coleção “História Geral da Civilização Brasileira. Segundo ele, todas as revoluções dentro da história do Brasil foram de elites, “civis ou militares, mas sempre elites”. Em 2000, por ocasião dos 500 anos do descobrimento foi colocado na lista das 500 personalidades mais importantes na história do país.


 

 



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