Regina

21/05/2020 — Fim melancólico. Depois passar dias e dias sendo “fritada” por pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte anunciou a saída da Secretaria da Cultura do Governo Federal. Oficialmente, deu como motivo a falta da família, mas a exoneração se deveu a atritos. Em menos de dois meses no cargo, ela, além de colecionar polêmicas, também não conseguiu dar uma estrutura para o órgão. Como prêmio de consolo, ganhou a presidência da Cinemateca de São Paulo. Como atriz, a volta da Regina Duarte para a TV Globo inviabilizou-se. Para os especialistas, a biografia da atriz, que era até então brilhante, ficou irremediavelmente conspurcada por ter aceitado o convite do Jair Bolsonaro.

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REGINA BLÓIS DUARTE nasceu no dia cinco de fevereiro de 1947, na cidade de Franca, São Paulo. Cresceu em Campinas, também no estado paulista, ao lado dos pais e de quatro irmãos. Aos 18 anos, fez sua estreia na televisão, interpretando Malu, na novela A Deusa Vencida, da extinta TV Excelsior. De lá para cá, participou de mais de trinta novelas e inúmeros filmes. Ganhou o apelido de a namoradinha do Brasil com a novela Minha Doce Namorada (1971). Foi esposa do diretor Daniel Filho e é mãe da também atriz Gabriela Duarte. Ganhou Troféu Imprensa de atriz revelação de 1965 pelo desempenho na novela “A Deusa Vencida”.

Voltou a ganhar o prêmio em 1970, agora de melhor atriz, pela novela “Irmãos Coragem”;  em 1972, pela novela “Selva de Pedra”; em 1979, pela série “Malu Mulher, e em 1985, pela novela “Roque Santeiro”. Foi eleita em 2006 a Personalidade do Ano em Televisão pela revista Isto É Gente. Em 2002, sentiu-se seriamente constrangida por um grupo de atores ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) por ter dado depoimento televisivo contra a eleição do presidente Lula da Silva. Em 2018, brilhou da pele da personagem Madame Lucerne, da novela “Tempo de Amar”, da faixa das 18 horas da TV Globo. No total, na carreira, são 66 créditos como atriz. No começo de 2020 aceitou o convite para assumir a Secretaria Nacional da Cultura. Ficou apenas dois meses no cargo.

 


 

 

 



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