isabel-sarli in7Isabel Sarli

A presidente da Argentina, Cristina Kircher, acaba de nomear como “embaixadora cultural” do país, com cargo de subsecretária de estado, a ex-rainha do cinema erótico Isabel Sarli, protagonista da primeira cena de nu integral do cinema argentino, em 1956, e de outras três dezenas de filmes na mesma linha nos anos de 1950 e 1960. Entre as justificativas constantes do decreto de nomeação da atriz, a presidente assinala que a figura de Sarli, conhecida popularmente como “La Coca”, é “inevitável na hora de enaltecer os valores éticos e culturais, ao representar a síntese da imagem que a Argentina deseja projetar ao mundo”.

ISABEL SARLI nasceu no dia 9 de julho de 1935  na cidade de Concórdia, Província de Entre Ríos. Enquanto sua forma física lhe permitiu, a atriz não deixou de aparecer nua, total ou parcialmente, em 29 filmes. Tornou-se a rainha indiscutível do “porno light”, do cinema erótico, e objeto de críticas e reparos na ultraconservadora Argentina dos anos 50 e 60. Como atriz, deixou muito a desejar: seus filmes tinham como objetivo central, para não dizer único, mostrar seu corpo, numa época em que isso era tabu. Os títulos de seus filmes já dizem tudo: Tentação Nua, Carne, Nua na Areia, Luxúria Tropical, A Deusa Impura

isabel-sarli in1Agora, aos 77 anos, a presidente Cristina Kirchner permitiu a ela dar a volta por cima nos críticos de outrora, ao designá-la “embaixadora da cultura popular”. O ex-mito erótico, que também atuou como stripper em teatros de revista, foi nomeada, por decreto presidencial, como titular de uma das subsecretarias de governo voltada à cultura. A presidente, na fundamentação do decreto, derrama-se em elogios à veterana atriz, que seria “uma verdadeira representante da cultura nacional, tanto por seus dotes de atriz cinematográfica, como por ser considerada em sua época um ícone popular e uma figura emblemática”.

Isabel Sarli era, como se diria na época, uma morena bonita e voluptuosa quando se elegeu Miss Argentina, em 1955. Logo seria descoberta pelo diretor Armando Bo — com quem permaneceria unida até a morte dele, em 1981 –, e no ano seguinte faria seu primeiro filme, El Trueno Entre Las Hojas, no qual protagonizou a primeira cena de nudez integral da história do cinema argentino, banhando-se num rio. Aliás, a insistência em cenas da atriz nua em rios, lagos, mares e similares lhe valheu um apelido brincalhão, La Higiénica.

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