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Categoria: Substantivos
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alforriaAlforria
Substantivo feminino derivado do árabe “al-hurriá”. Era a libertação de um escravo, que podia ser concedida pelo proprietário através de um documento chamado “carta de alforria”. No Brasil, a alforria podia ser obtida de diversas formas, como por meio de compra pelo próprio escravo, que juntava dinheiro para pagar o documento, ou concedida pelo senhor em casos como o batismo ou em testamento. Em 1871, a Lei do Ventre Livre declarou livres todos os filhos de mulheres escravas a partir do dia 28 de setembro. Em 1885, a Lei do Sexagenário declarou livres todos os escravos com mais de sessenta anos. Finalmente em 1888, a Lei Áurea extinguiu oficialmente a escravidão no país.

Dicionário
dos substantivos

Substantivo é a classe de palavras que nomeia seres, lugares, objetos, sentimentos, qualidades, ações e fenômenos da natureza. Os substantivos podem variar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Eles são o núcleo da frase. Servem de base para as outras palavras. Podem ser simples ou compostos, comuns ou próprios, concretos ou abstratos, primitivos ou derivados e coletivos.

AB — Substantivo masculino. No calendário civil dos judeus, é o décimo primeiro mês. No calendário eclesiástico representava o quinto mês. Para os sírios, representa o último mês do verão.

ABA — Substantivo feminino. Parte não fundamental da coisa a que está aderente.

ABUNDÂNCIA — Substantivo feminino. Grande quantidade, fartura, profusão. Figurativamente: excesso, exagero. Como escreveu o romancista português Eça de Queiroz na obra “A Cidade das Serras”: “Insisti logo, com abundância, puxando os punhos, saboreando o meu fácil filosofar”. Na astronomia é a proporção de átomos ou de moléculas que entram na composição de uma atmosfera estelar. Na química é a fração dos átomos que na atmosfera de um só elemento tem a mesma massa atômica. Ainda na química é a concentração de qualquer dos isótopos de um elemento nas ocorrências naturais.

ABUSO — Substantivo masculino. Mau uso ou uso errado, excessivo ou injusto. Excesso, descomedimento. Nas relações sociais diz-se da exorbitância de atribuições ou poderes. Aquilo que contraria as boas normas, os bons costumes. Ultraje ao pudor, assédio relacionado às condições de poder.

ALEGORIA — Substantivo feminino. Exposição de um pensamento sob forma figurada. Ficção que representa uma coisa para dar ideia de outra. Sequência de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido. Nas artes plásticas é uma obra de pintura ou de escultura que representa uma ideia abstrata através de formas que a tornam compreensível. Simbolismo concreto que abrange o conjunto de toda uma narrativa ou quadro, de maneira que a cada elemento do símbolo corresponda um elemento significado ou simbolizado. No carnaval têm-se os carros alegóricos, os quais representam o tema do enredo da escola de samba.

ALEIA — Substantivo feminino. Fileira ou renque de arbustos ou de árvores para marcar um caminho, uma estrada. Passeio ou arruamento de jardins, parques, etc., ladeado de árvores ou arbustos. Como disse o escritor cearense Gustavo Barroso na obra “A Ronda dos Séculos”: “Adiante, a lividez do luar alumiou-lhes os passos por uma aleia de buxos aparados e de cheirosos canteiros de alfazema”.

ALEIVOSIA — Substantivo feminino. O mesmo que traição, perfídia, deslealdade. Também significa dolo, fraude. No sentido criminal, falsa acusação, calúnia, injúria. Como escreveu o autor português Aquilino Ribeiro na obra “Estrada de Santiago”: “Não se disse em público que a mulher do ministro da guerra, uma senhora de grande nobreza moral, ostentava na recepção um colar de diamantes que lhe trouxera um embaixador aliado com arras de suborno. A aleivosia não correu e ficou impune”.

ALELUIA — Na religião significa “louvai jubilosamente a Jeová”. Canto de alegria e louvor frequente nos salmos. É adotado pela igreja na sua liturgia, especialmente no tempo da Páscoa. Na flora, é um arbusto ornamental da família das leguminosas, cujo nome científico é Cassia bacillaris. Entre os insetos, é a designação comum dos exemplares alados dos isópteros, mais conhecidos como cupins, quando abandonam o ninho para o voo nupcial. Após esse voo, as fêmeas fecundadas formam novas colônias.

ALFÂNDEGA — Repartição pública encarregada de vistoriar bagagens e mercadorias em trânsito e cobrar os correspondentes direitos de entrada e saída. Por extensão, conjunto de salas ou edifício onde se instala uma repartição pública. A alfândega marítima é aquela que se instala num porto para controlar as vendas e as compras externas. O mesmo se diz da alfândega aeroportuária. A alfândega seca é aquela que se instala em algum ponto de trânsito terrestre. O mesmo que aduana. Figurativamente, é um lugar onde se faz muita algazarra.

ALFÉLOA — Substantivo masculino derivado do árabe “al-hair”. Pasta de melaço ou de açúcar em ponto grosso. Ao esfriar, é manipulada até embranquecer. Com se fazem diversos tipos de confeitaria, dentre os quais o alfenim. Esse doce, muito popular na Ilha dos Açores em Portugal, ainda leva mel, açúcar e farinha. Em outras regiões, a receita foi recriada em doces como as balas de coco, confeitos muito apreciados em festas de aniversário. Tradicionalmente, a alféloa era moldada em formatos de animais, flores e santos. No Estado de Pernambuco, é chamada de “felô”.

ALFERES — Posto ou graduação militar existente nas forças armadas de alguns países. Normalmente, corresponde a um posto das categorias de oficial subalterno ou de cadete/oficial aluno. Originalmente, era o encarregado do transporte da bandeira ou estandarte de um exército, unidade militar, ordem de cavalaria ou outra instituição militar. Posteriormente, transformou-se num posto militar, ao qual já não estava necessariamente inerente o exercício da função de porta-bandeira. Em diversas forças armadas, continua a manter-se a tradição dos alferes mais novos de cada unidade serem designados para a função de porta-bandeiras. No Brasil, o posto de alferes não existe mais. Foi substituído em 1905 pelo posto de segundo-tenente.

ALFINETE — Pequena e fina haste de metal, com uma das extremidades aguçada e outra em forma de cabeça. É utilizada para prender ou segurar panos, papéis, etc. Também pode ser uma joia que os homens pregam nas gravatas. As mulheres também o usam para prender o chapéu ou os cabelos. Na forma verbal “alfinetar” é comum utilizar o vocábulo numa alusão crítica a alguém. Como por exemplo na frase “Não a censurou com doçura, alfinetou-a mordazmente”. Ou seja, significa nesse sentido “machucar”, “magoar”, etc. No particípio do verbo (alfinetada) é uma picada que produz uma dor muito aguda.

ALFORJE — Substantivo masculino derivado do étimo árabe “al-khurj”. Significa “sacola de viagem”. Assim, é um tipo de sacola grande, dividida em dois compartimentos ou bolsas, cada qual com a sua respectiva abertura. É fechado nas extremidades e aberto no meio, por onde se dobra, de modo a manter os compartimentos separados entre si e a fazer uma distribuição equânime do peso. Leva-se ao ombro ou preso a uma sela, na garupa de uma cavalgadura. É usada para transporte de objetos. Presentemente, o alforje tem sido utilizado em bicicletas ou motocicletas, presos ao assento, em moldes análogos àqueles em que seria levado numa cavalgadura.