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francois-quesnay in1FRANÇOIS QUESNAY nasceu no dia 4 de junho de 1694, na localidade de Meré, França. Morreu no dia 16 de dezembro de 1774, na cidade de Paris.

Aos dez anos aprendeu a ler e, sozinho, estudou latim e grego, obtendo conhecimentos de filosofia e matemática. Em 1718, conseguiu o título de mestre em cirurgia, estabelecendo-se na cidade de Nantes. Embora sua contribuição tenha sido na área da economia, sua habilidade e um certo número de obras teóricas lhe trouxeram notoriedade na área médica, o que o tornou cirurgião do duque de Villeroy e, posteriormente, cirurgião ordinário do rei. Lecionou nas escolas de cirurgia, sendo nomeado secretário perpétuo da Academia de Cirurgia.

Em 1744, com cinquenta anos, tornou-se médico (na época, a profissão era distinta — e mesmo rival — da cirurgia), associando-se à Faculdade de Medicina de Paris. O rei Luís XV, que o apelidara de “pensador”, deu-lhe o título de médico ordinário do rei. Assim, tomou parte ativa nas querelas em que se opunham a Faculdade de Medicina e o Colégio de Cirurgia. Publicou a obra “Testes Físicos Na Economia Animal”, tratado de fisiologia teórica, em que faz algumas considerações filosóficas. Como economista, é considerado o fundador da primeira escola de economia política: a dos fisiocratas. Em Versailles, criou a Seita dos Economistas, da qual participaram Victor Mirabeau, Nicolas Baudet, Paul Pierre Mercier e Pierre Du Pont.

Em 1758, publicou o livro “Quadros Econômicos”, que obteve grande sucesso. O autor dava extrema importância à agricultura, única atividade que considerava economicamente produtiva, em contraste com a “esterilidade” do comércio e da indústria. Sua sistematização da análise econômica, entretanto, precedida apenas por Richard Cantillon (Ensaio Sobre a Natureza do Comércio, de 1755), abriu o período clássico da economia. Em seus Ensaios Econômicos demonstrou a interdependência entre as diversas classes sociais e setores da economia. Partindo dessa demonstração, chegou a um estado de equilíbrio econômico estacionário, conceito que originou as doutrinas da harmonia dos interesses de classes do século XIX e a teoria segundo a qual a livre competição é indispensável para o progresso e a máxima satisfação social. Com suas teorias, moveu ativa campanha contra os monopólios e privilégios feudais, propondo um governo baseado numa monarquia forte.