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LUÍS BRAILLE nasceu no dia quatro de janeiro de 1809, Coupvray, Ilha da França, França. Morreu no dia 6 de janeiro de 1852, na cidade de Paris. Perdeu a visão aos três anos de idade. Filho de um fabricante de arreios e selas, provavelmente ao brincar na oficina do pai, feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se para o olho direito, provocando a cegueira total. Em 1819, ingressou no Instituto Nacional dos Jovens Cegos, em Paris, para se educar. Mais tarde, integrou o corpo docente dessa escola especializada.

 Desenvolvendo seus dotes musicais, foi organista de várias igrejas da capital francesa. Em 1826, já havia desenvolvido — e fez publicar — o seu “Sistema de Escritura para Uso de Cegos”. Esse sistema era um alfabeto baseado numa série de pontos em relevo, simetricamente dispostos, para ser interpretado através do tato. Isso facilitou grandemente o estudo e a adaptação para seus discípulos que, como ele, não podiam enxergar. Em 1834, criou também um sistema de notação musical, o qual sofreria modificações até 1922. O Sistema Braille ao longo do tempo se tornou extremamente eficaz para a educação dos portadores de deficiência visual. Na França, a invenção foi reconhecida pelo estado. Depois disso, ela se espalhou pelo mundo.

Sistema Braille

SISTEMA BRAILLE baseou-se num código militar tátil chamado de escrita noturna. Essa escrita foi desenvolvida pelo Charles Barbier em resposta ao pedido do Napoleão Bonaparte para os soldados se comunicarem silenciosamente à noite e sem uma fonte de luz. No código do Barbier, conjuntos de doze pontos em relevo codificavam trinta e seis sons diferentes. O código provou ser muito difícil para os soldados. Por isso, foi rejeitado pelos militares. Em 1821, o Barbier conheceu o Louis Braille. Este identificou dois defeitos principais no código. Primeiro, representando apenas sons, o código era incapaz de renderizar a ortografia das palavras.

Segundo, o dedo humano não poderia englobar todo o símbolo de doze pontos sem se mover e, portanto, não poderia se mover rapidamente de um símbolo para outro. A solução foi usar células de seis pontos e atribuir um padrão específico para cada letra do alfabeto. Inicialmente, o método Braille era uma transliteração um–para–um da ortografia francesa, mas logo várias abreviaturas, contrações e até mesmo logogramas foram desenvolvidos. Isto criou um sistema muito mais parecido com a taquigrafia. O sistema inglês expandido chamado Braille de grau dois completou-se 1905. Para leitores cegos, o Braille é um sistema de escrita independente, ao invés de um código de ortografia impressa.


 

 

 



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