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22/01/1997 — A reportagem de capa da revista Veja trouxe o empresário Lázaro Brandão, chamado de “eminência parda da economia”. Ele era o presidente do Bradesco, então o maior banco privado do país, com agências em 1,3 mil municípios e movimento de R$ 35 bilhões em empréstimos e aplicações. O banco também era dono da maior empresa de aposentadoria privada do Brasil e da segunda maior seguradora. Administrava 2,2 milhões de cartões de crédito e 14,8 milhões de cadernetas de poupança. Além disso, era sócio de 39 empresas, entre as quais a Alpargatas (calçados), a Pirelli (pneus), a Sharp (eletrônicos) e a Sadia (alimentos).

LÁZARO MELLO BRANDÃO, o comandante desse império, nasceu no dia 15 de junho de 1926, na cidade Itápolis, Estado de São Paulo. Começou como contínuo e foi galgando cargos até ser eleito diretor em 1963 e vice-presidente em 1977. Em 1981, assumiu a presidência em substituição ao Amador Aguiar. No comando de uma organização com mais de 50 mil funcionários e com treze bilhões de dólares para investir, tinha o poder de tirar grandes empresas de dificuldades. Foi o caso da Sharp, da Prodóscimo e outras. Todos os políticos da época recorriam aos “conselhos” dele para comandar a economia. O mais interessante é que instaurou um sistema de administração em que os principais diretores trabalhavam na mesma sala, sem mesas individuais e sem secretárias. Administrou o banco com mão de ferro até 1999.

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