Doidinho
07/11/2020 — Lançada pela Editora Global, já está nas livrarias a obra “Doidinho”, do José Lins do Rego. Publicado originalmente em 1933, o texto é uma continuação da obra-prima do autor “Menino do Engenho”. Nessa continuação, o personagem Carlinhos vive num mundo completamente diferente do Engenho Santa Rosa. Ele agora é Carlos de Melo. Está saindo da infância e entrando na pré-adolescência. Vive num colégio interno sob o olhar de um diretor cruel e autoritário. Ao mesmo tempo que lida com o despertar da sexualidade, o Carlinhos sente falta da antiga vida no engenho. Assim, econtra refúgio nos livros. As mudanças na vida do personagem acompanham as mudanças na história do Brasil. “Doidinho” é a segunda obra do chamado ciclo da cana-de-açúcar contado pelo escritor.
Lins do Rego
JOSÉ LINS DO REGO CAVALCANTI nasceu no dia três de junho de 1901, na cidade de Pilar, Estado da Paraíba. Morreu no dia 12 de setembro de 1951, na cidade do Rio de Janeiro. Nasceu nas dependências do Engenho Corredor, na cidade natal. Depois de terminar os primeiros estudos, mudou-se para a cidade de Itabaiana para fazer o colégio e, depois, para a cidade de João Pessoa. Mais tarde, mudou-se para a cidade do Recife, para entrar na Faculdade de Direito. Na capital pernambucana, entrou em contato com diversos intelectuais.
Entre esses intelectuais, destacou-se o sociólogo Gilberto Freyre, muito influente na sua formação. Diplomado em Direito em 1925, foi nomeado promotor público para a cidade de Manhuaçu, no Estado das Minas Gerais. Não ficou muito tempo nessa carreira, pois preferiu se dedicar exclusivamente à Literatura. Como autor, criou dois tipos de personagens, símbolos do novo e do ultrapassado: o branco rico que vai estudar na capital, mas sem ter um ideal, e o negro pobre que foge em busca da independência. Seus romances “Menino do Engenho”, de 1932, “Banguê”, de 1934, e “Usina”, de 1936, entre outros, pertencem à primeira fase da sua produção literária. Essa fase refere ao ciclo da cana-de-açúcar.
Ao mudar-se para o Rio de Janeiro em 1935, passou a escrever crônicas para a imprensa. Alguns romances a partir daí ambientam-se fora do ciclo da cana. Entre eles, o “Água-Mãe”, de 1941, e o “Fogo Morto”, de 1943. Este último é considerado pela crítica o seu melhor trabalho. Em 1955, elegeu-membro da Academia Brasileira de Letras, passando a ocupar a cadeira 25. No total, escreveu catorze romances entre 1932 e 1956. Em 2000, o Almanaque Abril, por ocasião das comemorações dos quinhentos do Brasil, o colocou entre as quinhentas personalidades mais influentes do país em todos os tempos. Os livros “Menino do Engenho” e “Fogo Morto” foram adaptados para o cinema em 1965 e 1976, respectivamente. Em 1990, foi a vez da TV Globo usar o romance “Riacho Doce” para uma minissérie.
Menino
07/06/2020 — A Editora Global, para comemorar os 119 anos do José Lins do Rego, resolveu lançar um pacote de obras do escritor paraibano. Ás do romance regional, o autor está entre os mais prestigiados da literatura brasileira. Nascido em 1901, ele levou para as páginas a vida no engenho, o autoritarismo dos senhores do engenho e a decadência da estrutura econômica voltada para o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste. A primeira obra a sair, a “Menino do Engenho”, é, também, o romance de estreia do José Lins. O livro é composto pelas aventuras e desventuras da meninice do Carlos, o menino protagonista, cujas angústias são descritas com minúcias. O projeto gráfico da capa e a ilustração são de Mauricio Negro. De 144 páginas, o livro tem preço sugerido de R$ 39,90.