ANTÔNIO CARLOS CALADO nasceu no dia 26 de janeiro de 1917, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Morreu no dia 28 de janeiro de 1997, na cidade do Rio de Janeiro. Começou a carreira jornalística no Correio da Manhã. Formou-se em Direito e, em 1941, mudou-se para Londres, onde trabalhou na British Broadcasting Corporation — a famosa BBC. Voltou para o Brasil em 1947. Em 1968, foi para a Ásia para cobrir a Guerra do Vietnã para o Jornal do Brasil. Destacou-se no jornalismo e na literatura não só pelo texto bem cuidado, mas também pelo engajamento político.
É dele a célebre frase, publicada na Veja, em julho de 1976: “Quem opta pelo regime autoritário não tem fé nem apreço pela criação artística.” Em Quarup, de 1967, cuja história se passa entre 1954 e 1964, o autor mostra a conscientização política de um religioso. Em Bar Don Juan, de 1971, traça um retrato psicológico da “esquerda festiva”, rótulo irônico dado às pessoas que, reunidas em mesas de bar, esboçavam planos de derrubada do regime militar que se havia instalado no Brasil em 1964. Reflexos de Baile, de 1976, é considerado pela crítica a sua obra prima, mas foi Quarup que o imortalizou, ao ser adaptado para o cinema, com sucesso, pelo diretor Ruy Guerra. A partir de 2014, a obra do autor começou a ser reeditada pela Editora José Olímpio.
Romances
1954 | A Assunção do Salviano | |
1957 | A Madona de Cedro | |
1967 | Quarup | |
1971 | Bar Don Juan | |
1976 | Reflexos de Baile | |
1981 | Sempreviva | |
1982 | A Expedição Montaigne | |
1989 | Memórias de Aldenham House |