Perfeito Cozinheiro
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08/05/2018 — A obra “O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo”, do paulistano Oswald de Andrade, teve uma edição especial lançada em fevereiro de 1988. Era, então, um caderno inédito, um livro em que faziam anotações todos os frequentadores de um apartamento do autor. Na residência, nos idos de 1918, os amigos Monteiro Lobato, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida e outros brincavam de escrever. Escreveram pensamentos, trocadilhos e alusões a fatos da cidade de São Paulo e ao mundo. Principalmente, gozavam-se uns aos outros e suspiravam pela Miss Cíclone, uma garota de 19 anos, amante do Oswald. As páginas do livro tem de tudo um pouco: desenhos, fotos coladas, cartas, charges, recortes, etc. Uma edição, segundo os críticos, “imperdível”. Em 2014, a Folha de São Paulo lançou uma nova edição.

Oswald
JOSÉ OSWALD DE SOUSA ANDRADE nasceu no dia 11 de janeiro de 1890 e morreu no dia 22 de outubro de 1954, na cidade de São Paulo. Nascido no seio de uma família rica, estudou na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Em 1912, viajou para a Europa. Na cidade de Paris, França, entrou em contato com o movimento futurista e com a boemia estudantil.

De volta à cidade de São Paulo, fez jornalismo literário. Em 1917, defendeu a pintora Anita Malfatti duma crítica devastadora do Monteiro Lobato. Ao lado da artista plástica, do escritor Mário de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna. Com a obra “Pau-Brasil”, lançada em 1925, juntou o nacionalismo às ideias estéticas do movimento modernista. Em 1926, casou-se com a pintora Tarsila do Amaral. Dois anos depois, radicalizou o movimento nativista lançando o “Manifesto Antropófago”, no qual propõe que o Brasil devore a cultura estrangeira e crie uma cultura revolucionária e própria.

Nessa época, rompeu com o amigo Mário de Andrade e se separou da Tarsila do Amaral. Na sequência, casou-se com a escritora e militante política Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu. De 1931 a 1945, militou no Partido Comunista Brasileiro. Em 1933, lançou o romance “Serafim Ponte Grande”. São dele, ainda, o romance “Memórias Sentimentais de João Miramar”, de 1924, e as peças “O Homem e o Cavalo” (1934) e “O Rei da Vela” (1937). É considerado pela crítica um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro. Foi retratado como personagem pelo Flávio Galvão e pelo Antônio Fagundes nos filmes “O Homem do Pau-Brasil”, de 1982, e “Eternamente Pagu”, de 1987.


 

 

 



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