20170401James Joyce
21/08/2018 — A Editora Autêntica está lançando uma caixa com duas obras do escritor James Joyce, considerado pela crítica literária um dos maiores de todos os tempos. O primeiro livro, “Um Retrato do Artista Quando Jovem” relata os anos de formação do escritor Stephen Dedalus. Esse personagem seria um dos protagonistas da obra-prima do irlandês, “Ulisses”, publicado em 1922. O segundo livro da caixa, “Epifanias”, vem edição bilíngue inglês-português. A obra reúne quarenta textos curtos que o autor compôs no início do Século XX. São diálogos e pequenos flagrantes do cotidiano. Com canja, as obras trazem bom aparato de notas de rodapé, bem como fotos de época de Dublin, a cidade natal do Joyce.

James Joyce
JAMES AUGUSTINE ALOYSIUS JOYCE N
asceu no dia 2 de fevereiro de 1882, na cidade de Dublin, Irlanda. Morreu no dia 13 de janeiro de 1941, na cidade de Zurique, Suíça. Era um dos treze filhos do coletor de impostos John Stanislaus Joyce e Mary Jane Murray. Desde os seis anos, estudou em colégios jesuítas, destacando-se sempre como o primeiro da classe. Em 1898, após aguda crise religiosa que quase o levou ao seminário, ingressou no University College.

Na universidade, tornou-se mestre de línguas latinas, mas sua curiosidade o levou a aprender matemática, economia e norueguês. Encontrou, ainda, tempo para ler Homero, Aristóteles, Dante Alighieri, Santo Tomás de Aquino e livros de medicina. Maravilhado, descobriu Henrik Ibsen, sobre o qual escreveria seu primeiro artigo, publicado num jornal de Londres. Neste artigo, exaltou a obra e a coragem do dramaturgo norueguês diante do escândalo que suas peças costumavam provocar. Após traduzir alguns poemas de Gerhart Hauptmann e escrever um drama, deixou Dublin, como destino a Paris. Pretendia estudar medicina, mas nem chegou a pagar a taxa de matrícula: a morte da mãe o obrigou a regressar à Irlanda.

Em seguida, publicou as novelas As Irmãs, Evelyn e Depois da Corrida, além dos primeiros poemas de Música de Câmara. Em junho de 1904, decidiu partir para a Ístria, na Itália, onde o esperara um lugar de professor na escola de línguas de Berlitz. Os anos que se seguiram, cheios de doença e miséria, trouxeram o seu primeiro filho. Logo, vieram momentos de maior desespero, pressionado pela vida cheia de dificuldades, pela profissão que detestava, pelos ataques de irite que o levariam a semicegueira e pela recusa dos editores em aceitar os seus livros. De Ístria, foi para Roma, onde se empregou numa agência bancária. Nas horas de folga, escreveu duas mil páginas de Stephen Heroe, depois reduzidas a trezentas.

Passou a vida a se transferir de uma cidade para outra: Veneza, Bolonha, Pádua, Trieste, Zurique. Em 1907, uma tiragem de Música de Câmara atraiu a atenção de intelectuais, que editavam a revista The Egoist. Nesta revista, finalmente, o autor teve oportunidade de publicar trechos de Retrato do Artista Quando Jovem. A publicação de Dublinenses, em 1914, colocou fim à longa recusa dos editores, os quais consideravam subversivas as quinze novelas escritas entre 1903 e 1905. As novelas desta obra têm como personagens os habitantes da capital irlandesa e reproduzem a atmosfera da cidade. Os Mortos se tornou a mais famosa. Retrato do Artista Quando Jovem, por seu lado, é uma autobiografia romanceada da juventude do escritor.

Ele fala daa família, a vida no colégio, da revolta contra a disciplina, da iniciação sexual e dos remorsos provocados por ela. Em 1920, de volta a Paris, cercado de admiradores e amigos, auxiliado financeiramente, pôde escrever a pela Os Exilados e oitocentas páginas do que viria a ser Ulisses. Algumas páginas, publicadas por uma revista, já haviam provocado escândalo: uma liga puritana chegou a processar os editores pela divulgação da “obscenidade”. Mas o livro acabou sendo publicado em 1922. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, a obra foi considerada material obsceno. Reconhecido, entretanto, por vários críticos como uma obra-prima, o livro mereceu tradução e até edições clandestinas.

Ulisses seria uma versão moderna da Odisseia de Homero, apresentando um prelúdio em três partes (que corresponde à Telemaquia); doze capítulos centrais (que seguem a aventura de Ulisses); e um final (Nostos, que repete as três divisões iniciais). A ação transcorre em um único dia (16 de junho de 1904, quinta-feira), em Dublin. Os personagens são ligados aos heróis homéricos. Após esta obra, o autor começou a escrever o seu livro de fechamento mais perfeito — Finnegan´s Wake —, do qual publicou vários trechos sob o título Obra Em Progresso. Editado em 1939, o livro é um imenso jogo de palavras, com o qual o autor pretendeu expressar o nascimento, a morte e a ressurreição do mundo. A partir de 1924, a visão do escritor começou a se extinguir e seu estado de saúde a se agravar. Morreu em 1941, após uma cirurgia de úlcera.

finns-hotelHotel do Finn
10/06/2014 — A Companhia das Letras está lançando a obra inédita “Finn´s Hotel”, do irlandês James Joyce.São manuscritos do autor, descobertos em 1992. Escritos em 1923, depois do lançamento do “Ulisses”, os textos foram encontrados em meio aos papéis deixados pelo escritor. Esses textos foram editados pelo David Hayman, que os publicou de forma conjunta. Trata-se duma coleção de dez narrativas curtas. Ao contrário do “Finnegans Wake”, “Finn’s Hotel” tem uma linguagem comum, composto por pequenas fábulas sobre a história da Irlanda. É considerado o projeto inicial do “Finnegans”, graças à presença do Humphrey Chimpden Earwicker, protagonista do romance, e dum esboço inicial da carta de Anna Livia Plurabelle.

Young Artist
29/03/2017 —Saiu pela Editora Nova Fronteira uma edição especial da obra “Retrato de Um Artista Quando Jovem”, do irlandês James Joyce. O livro faz parte da coleção “Clássicos de Ouro”. Foi o primeiro romance do escritor, publicado em 1916. Narra experiências da infância e da adolescência do Stephen Dedalus, alter ego do autor. Termina com a recriação dos seus ritos de passagem para a idade adulta, que incluíram deixar para trás a família, os amigos e a Irlanda para viver na Inglaterra. A obra baseou-se numa idéia que Joyce tivera uma década atrás. É um romance de formação, expondo de forma pormenorizada o processo de desenvolvimento físico, moral, psicológico, estético, social ou político de uma personagem, geralmente passando por fases de sua vida (infância, adolescencia, adulta, maturidade).


 

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