Imprimir
Categoria: Cervantes
Acessos: 2908

01Cervantes

MIGUEL DE CERVANTES SAAVEDRA nasceu no dia 29 de setembro de 1547 na localidade de Alcalá de Henares, Espanha. Morreu no dia 22 de abril de 1616, na cidade de Madri. Os dados sobre a sua infância e adolescência não são seguros, mas é quase certo que aprendeu gramática e retórica com Juan López de Hoyos, em Madri, onde compôs um dos seus primeiros sonetos (1567), em homenagem a Isabel de Valois, terceira esposa do rei Felipe II.

Em 1569, partiu para Roma como camareiro do cardeal italiano Júlio AcquavivaAssim, pôde admirar na Itália as grandes obras da Renascença. Aprendeu o idioma e leu fluentemente a obra de Ludovico Ariosto, Torquato Tasso e a prosa política de MaquiavelEm 1570, alistou-se nas tropas pontifícias para combater os turcos. Nos combates, demonstrou grande coragem e seu nome correu o vasto império espanhol como sinônimo de valentia e dedicação. Logo fico conhecido como “o maneta de Lepanto”, pois perdeu na luta a mão esquerda.

Quando regressava à Espanha (1575), a galera em que viajava foi tomada em alto mar por navios turcos. Teve início, então, uma das principais e mais dolorosas etapas da sua vida: o cativeiro na Argélia, durante um período de cinco anos. Foi resgatado em 1580 e levado de volta para a Espanha. Mas na sua terra ninguém mais se lembrava dele. Assim, para subsistir, engajou-se como soldado nas tropas de Filipe II. Após missão no norte da África, foi enviado a Portugal, ocupado pelas tropas do Duque de AlbaDesenganado com a carreira militar, não tardou a se dedicar mais intensamente à literatura.

Em Madri, procurou concluir “Galateia”, obra iniciada no cárcere e que celebra uma visão plácida e repousante do mundo. Algum tempo depois, empregou-se como coletor de impostos. Acusado injustamente de desviar verbas, viu-se enredado num processo que o levou à prisão, onde se supõe tenha iniciado sua obra prima — “Dom Quixote de La Mancha” —, cuja primeira parte foi editada em janeiro de 1605. Concebida como novela curta, num caso real de loucura, destinava-se a combater a cavalaria andante. O livro fez grande sucesso e entrou para a cultura e o folclore de países do mundo inteiro. A segunda parte surgiu em 1615, quando o autor já atingira o auge do talento em obras teatrais e novelas. Tornou-se um clássico da literatura mundial.