Ivani Ribeiro

CLEIDE FREITAS ALVES FERREIRA nasceu no dia 20 de fevereiro de 1922 na cidade de São Vicente, Estado de São Paulo. Morreu no dia 17 de julho de 1995 na cidade de São Paulo. Estudou na cidade de Santos, onde obteve o diploma da Escola Normal. Depois, mudou-se para a cidade de São Paulo para cursar a Faculdade de Filosofia. Depois de se formar, o rádio passou a ser uma das metas de trabalho. A primeira oportunidade apareceu na Rádio Educadora, onde trabalhou como intérprete de canções folclóricas e sambas, alguns da própria autoria. Logo alcançou a fama através de programas autorais como “Teatrinho da Dona Chiquinha” e “As Mais Belas Cartas de Amor”.

O sucesso cresceu com a radiofonização de filmes famosos. Nesses filmes, ela atuava como autora e atriz. Na televisão, estreou em 1954 como roteirista da novela “A Muralha”, exibida na TV Record. Em 1963, já na TV Tupi, consolidou a posição na tevê com a novela “Corações Em Conflito”. Na década de 1960 ganhou bastante projeção na TV Excelsior, para a qual escreveu treze novelas consecutivas. Com o fechamento da Excelsior, revezou-se entre a Tupi, a Record e a Bandeirantes. Estreou na TV Globo em 1982 com a novela “Final Feliz”. Para a emissora global foram mais dez novelas, com destaque para a “Mulheres de Areia” de 1993 e a “A Viagem” de 1994. No total na carreira são 52 créditos como roteirista.

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No Buraco
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01/11/2010 — O guitarrista, cantor e escritor Tony Bellotto está lançando o livro “No Buraco”. Conta a história de Téo Zanquis, um fracassado guitarrista, ex-integrante de uma banda de sucesso dos anos de 1980. Tirando o fato de ser roqueiro e decadente, o protagonista da história tem muita coisa em comum com o autor. Este aproveitou a sua experiência com o Titãs e algumas passagens da sua vida pessoal para abastecer o romance. A vida na estrada, o assédio dos fãs e até a tentativa frustrada de visitar o túmulo do Jimi Hendrix, em Seattle, Estados Unidos, são temas que estabelecem uma ponte entre o romance e a vida real do escritor. Num dos trechos do livro, o personagem reflete sobre a passagem do tempo e chega à conclusão de que os roqueiros percebem que estão ficando velhos quando começam a ouvir jazz. Tudo a ver com o momento do autor, um fã declarado do trompetista Miles Davis.

ANTÔNIO CARLOS LIBERALLI BELLOTTO nasceu no dia 30 de junho de 1959, na cidade de São Paulo. Filho de uma arquivista e de um historiador, teve, desde cedo, contato com o mundo artístico. Passou a infância na cidade de Assis, interior de São Paulo, onde estudou música. Em 1982 foi um dos fundadores da banda de rock Titãs, sucesso absoluto da música popular brasileira durante mais de 20 anos. Com o grupo gravou grandes sucessos. Começou na literatura em 1995 com o romance “Bellini e a Esfinge”. A obra foi muito bem recebida pela crítica, o que o levou a escrever uma continuação dois anos depois: “Bellini e o Demônio”. O primeiro volume foi adaptado para o cinema em 2001. O outro também ganhou, em 2006, uma versão cinematográfica. Até 2012 manteve uma coluna na revista Veja. A partir de 2013 passou a escrever para o jornal O Globo. É casado com a atriz Malu Mader.

bellini-e-a-esfinge95Obras De Ficção
1995 — Bellini e a Esfinge
1997 — Bellini e o Demônio
2001 — BR163: Duas Histórias Na Estrada
2001 — O Livro do Guitarrista
2005 — Bellini e os Espíritos
2007 — Os Insones
2010 — No Buraco
2014 — Bellini e o Labirinto
2015 — Família


w-carrasco1Histórias da Bíblia

19/12/2014 — Enquanto prepara a próxima novela da TV Globo, com nome provisório de “Vidas Secretas” para a faixa das 23 horas, em 2015, o escritor, jornalista e dramaturgo Walcyr Carrasco lançará o livro “Histórias da Bíblia” (Editora Moderna). Na publicação, histórias populares como a de Adão e Eva, Sansão e Dalila, a travessia do Mar Vermelho, a Arca de Noé e o Templo de Salomão serão recontadas pelo autor. Com linguagem ágil e moderna, o escritor deixa a critério do leitor a decisão de acreditar que os fatos narrados aconteceram efetivamente ou são frutos da imaginação. As narrativas têm ilustrações de Mariana Ruiz Johnson e colocam em cena algumas questões como a rivalidade entre irmãos, a escravidão, a dominação de povos e a submissão das mulheres.

WALCYR RODRIGUES CARRASCO nasceu no dia 2 de dezembro de 1951, na cidade de Bernardino de Campos, São Paulo. A estreia como autor se deu no teatro, com as peças “Batom” (que consagrou a atriz Ana Paula Arósio) e “Êxtase”. A primeira novela foi “Cortina de Vidro”, exibida pelo SBT em 1989. Em 1991, escreveu as minisséries “O Guarani”, baseada no romance homônimo de José de Alencar, e “Filhos do Sol”, ambas para a extinta TV Manchete. Nessa emissora também escreveu o sucesso “Xica da Silva”, de 1996, novela que o consagrou nacionalmente. Em 2000 chegou definitivamente à TV Globo para escrever o grande sucesso “O Cravo e a Rosa”, que resgatou para a emissora o horário das 18 horas. Em 2013, com “Amor à Vida”, passou a integrar o time de autores do horário nobre (21 horas). Além de novelas, séries e minisséries, escreveu sete peças teatrais e mais de trinta livros.

w-carrasco2trabalhos na tv
1989-1990 — Cortina de Vidro (novela, SBT)
1990-1990 — Rosa dos Rumos (minissérie, Manchete)
1991-1991 — Filhos do Sol (minissérie, Manchete)
1991-1991 — O Guarani (minissérie, Manchete)
1993-1993 — Retrato de Mulher (série, Globo)
1996-1997 — Xica da Silva (novela, Manchete)
1998-1998 — Fascinação (novela, SBT)
2000-2000 — Brava Gente (série, Globo)
2000-2001 — O Cravo e a Rosa (novela, Globo)
2001-2002 — A Padroeira (novela, Globo)
2002-2002 — Sítio do Pica-Pau-Amarelo (série, Globo)
2003-2004 — Chocolate Com Pimenta (novela, Globo)
2005-2006 — Alma Gêmea (novela, Globo)
2007-2008 — Sete Pecados (novela, Globo)
2009-2010 — Caras & Bocas (novela, Globo)
2011-2011 — Morde & Assopra (novela, Globo)
2012-2012 — Gabriela (novela (Globo)
2013-2014 — Amor à Vida (novela, Globo)


poesia-erotica-em-traducao1Poesia Erótica

Nem sempre uma imagem vale mais do que mil palavras. No caso do erotismo, muitas vezes as palavras superam a força de uma imagem. Na verdade, o simples som de determinadas palavras desencadeia uma série de imagens capazes de convulsionar todo o sistema nervoso de uma pessoa, levando automaticamente à excitação. Agora, imagine essas palavras dispostas em versos metrificados, com acuidade e artimanha por deuses da poesia, como Baudelaire, Rimbaud, Verlaine e muitos outros que não eram especificamente poetas. Esse é o caso do escritor inglês D. H. Lawrence, autor do “O Amante de Lady Chatterley”.

Há um livro desse tipo que deve ficar na cabeceira da cama. Trata-se do volume “Poesia Erótica Em Tradução” (Companhia das Letras), do José Paulo Paes, ele próprio um dos mais sensíveis poetas brasileiros. Ele organizou, selecionou e traduziu uma antologia de poemas eróticos, simplesmente afrodisíaca. De Marco Argentário, um grego libidinoso do século XXVII antes da Era Cristã, à Inglaterra do século XV, dos poetas romanos aos anônimos do folclore da Calábria, o livro brinda o leitor, no geral, com uma amostra abrangente da sensualidade poética, trazendo a poesia extraoficial de escritores jamais suspeitados pelo senso comum como grandes mestres do erotismo, a começar por Virgílio (publicado na Playboy de junho de 1990).

j-p-paes1José Paulo Paes
Nasceu no dia 22 de julho de 1926, na cidade de Taquaritinga, São Paulo. Morreu no dia 9 de outubro de 1998, na cidade de São Paulo. Além de poeta e tradutor, era crítico literário e ensaísta. Antes de enveredar pela literatura trabalhou como químico. Em 1949, mudou-se para São Paulo, onde começou a colaborar nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. A partir de 1963, passou a dedicar todo o seu tempo à literatura, como diretor da Editora Cultrix. Juntamente com Massaud Moisés, organizou o “Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira”, publicado em 1967. Em 1981, aposentou-se como editor. Deixou traduzidas obras dos principais autores clássicos. Também deixou escritas várias obras de poesia. Ao morrer, em 1998, deixou inédito o livro “Socráticas”, publicado em 2001.


alvares-azevedo1Álvares de Azevedo

MANUEL ANTÔNIO ÁLVARES DE AZEVEDO nasceu no dia 12 de setembro de 1831, na cidade de São Paulo. Morreu no dia 15 de abril de 1852, na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1833, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. De 1837 a 1845, estudou em colégios das cidades de Niterói e do Rio de Janeiro. Em 1847, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, mas não concluiu o curso. Foi colega de Bernardo Guimarães, Aureliano Less, José de Alencar e outros. Nesse ambiente literário, compôs a maior parte de sua obra: poesias, contos, peças teatrais e ensaios, estes sobre a escritora francesa George Sand e sobre o poeta e dramaturgo francês Louis Musset, além de críticas e tradução de obras do poeta inglês Lorde Byron.

A originalidade de seus trabalhos, uma das maiores manifestações do romantismo brasileiro, ajudou a abrir um novo caminho para a poesia pátria, até então excessivamente influenciada por autores portugueses. Sua poesia é marcada pelo subjetivismo, melancolia e um forte sarcasmo. Os temas mais comuns são o desejo de amor e a busca pela morte. O amor é sempre idealizado, povoado por virgens misteriosas, que nunca se transformam em realidade, causando assim a dor e a frustração, que são acalmadas pela presença da mãe e da irmã. Já a busca pela morte tem o significado de fuga, o eu-lírico sente-se impotente frente ao mundo que lhe é apresentado, e vê na morte a única maneira de libertação.

Participou ativamente de grupos literários, entre eles a Sociedade Epicureia. Escreveu o romance A Noite Na Taverna, publicado em 1878, e a pela de teatro Macário, editada em 1855. De acordo com os críticos, porém, a sua obra prima é Lira dos Vinte Anos, um conjunto do que há de melhor da sua produção. A obra, estruturalmente, divide-se em três partes com duas temáticas. A primeira e a terceira seguem os temas da adolescência: o sonho, a religiosidade, a obsessão pela forma feminina. A segunda, no entanto, traz o irônico, o “satânico”, o erótico e o carnal. Já com tuberculose, escreveu um de seus poemas mais famosos — Se Eu Morresse Amanhã — antes de morrer, aos vinte anos. Em 2000, o Almanaque Abril o colocou entre as quinhentas que mais influenciaram o pensamento nacional em todos os tempos.

Se Eu Morresse Amanhã
Seu eu morresse amanhã,
Viria ao menos fechar meus olhos minha triste irmã
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! Que céu azul!
Acorda natureza mais louca dove n´alva
Não batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia da glória, o dolorido afã
A dor no peito emudecerá ao menos
Se eu morresse amanhã!


 

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