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Categoria: Filósofos
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texeira-mendes in1Teixeira Mendes

RAIMUNDO TEIXEIRA MENDES nasceu no dia 5 de abril de 1855, na cidade de Caxias, Maranhão. Morreu em 1927, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1867, foi para o Rio de Janeiro, onde, abolicionista e republicano, se ligou às ideias positivistas, influenciado por Benjamin Constant. Conheceu Miguel Lemos, que seria seu companheiro de ideias e de lutas. Em 1880, publicou Apontamentos para a Solução do Problema Social no Brasil. Escrita com a colaboração de Aníbal Falcão e Teixeira de Sousa, a obra discute diretamente os problemas ligados à libertação dos escravos. Liderou o movimento positivista e realizou uma série de conferências sobre o Catecismo Positivista, de Auguste Comte.

Em 1883, publicou A Pátria Brasileira, estudo da evolução das universidades europeias e a discussão das ideias socialistas. Publicou, mais tarde, Filosofia Química Segundo Auguste Comte, em 1887, e A Liberdade Espiritual e a Organização do Trabalho, em colaboração com Miguel Lemos. Quando foi proclamada a República, chegou a preparar uma obra sobre a regulamentação do trabalho nos estabelecimentos industriais do governo. Essa regulamentação previa uma jornada de sete horas, descanso dominical e nos feriados, quinze dias de férias, aposentadoria e pensões. Em 1889, publicou, juntamente com Miguel Lemos, o folheto Bases da Constituição Política Ditatorial Federativa para a República Brasileira, na qual se discutiram os problemas do superfederalismo, ditadura vitalícia, presidencialismo puro, amplo liberalismo econômico, etc.

Seguiram-se depois outras publicações: Esboço de Uma Apreciação Sintética da Vida e Obra do Fundador da República Brasileira — Benjamin Constant (1892), O Culto Público, As Últimas Concepções de Auguste Comte, Clotilde de Vaux e Auguste Comte, A Verdadeira Política Republicana e a Incorporação do Proletariado na Sociedade Moderna (1908) e Resumo Cronológico da Educação do Positivismo no Brasil (publicado postumamente, em 1930). Com a Proclamação da República, oi o criador filosófico da bandeira nacional. Seu projeto atualizou a bandeira imperial, mantendo o verde e o amarelo — indicando com isso a permanência da sociedade brasileira — e substituindo o brasão imperial pela esfera armilar, com uma idealização do céu do dia 15 de novembro, e o dístico “Ordem e Progresso”. O projeto foi prontamente aceito e colocado em prática pelo marechal Deodoro da Fonseca.