01Confissões
CONFISSÕES foi lançado originalmente em 1782 na França. Inédita até a morte do autor, o filósofo Jean-Jacques Rousseau, essa obra é um marco da literatura europeia e talvez a autobiografia mais influente da história. O livro teve impacto definidor não apenas no romance, mas no desenvolvimento da autobiografia como um gênero literário. Embora o autor preveja que não será imitado neste estilo, equivocou-se.

O alemão Johann Wolfgang Goethe, o russo Liev Tolstoi e o francês Marcel Proust reconheceram a dívida para com a tentativa pioneira dele de representar fielmente a vida através da escrita. Rousseau é reconhecido pela afirmação de que a natureza inata do homem era corrompida pela sociedade. Nas “Confissões” reconhece que muitas vezes se conduziu de forma condenável. Um incidente em particular se destaca nos defeitos do autor. Ainda jovem, quando trabalhava na casa de um aristocrata rico, ele furtou uma fita antiga e valiosa e pôs a culpa numa inocente criada.

O autor comenta que “foi vítima daquele malicioso jogo de intrigas que me cerceou a vida toda”. Aceita assim a responsabilidade pela ação condenável, ao mesmo tempo em que a nega. O filósofo francês reconhece com franqueza a natureza contraditória do seu caráter. Mas sentia que essa natureza lhe teria sido imposta por circunstâncias acima do seu controle. De acordo com o seu desejo de não enganar o leitor, Rousseau exagera os seus próprios pecados e delitos para comprovar a tese da ingerência da corrupção da sociedade sobre a ação individual. Segundo os críticos, isso representa mais um paradoxo desse livro irresistível, frustrante e de vital importância na literatura universal. O autor nasceu no dia 28 de junho de 1712 na cidade Genebra na Suíça. Morreu no dia dois de julho de 1778 na cidade de Ermenonville na França.


 

 

 



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