nei-palmeiras1Nei Sobrinho

ELIAS FERREIRA SOBRINHO nasceu no dia 15 de agosto de 1949, na cidade Boa Europa, São Paulo. Começou a carreira na Ferroviária de Araraquara. Poucos atacantes na história do futebol brasileiro enlouqueceram tanto os marcadores adversários quanto ele. Dono de habilidade rara, o camisa 11 era praticamente imparável quando disparava com a bola dominada na canhota. A estreia na Sociedade Esportiva Palmeiras aconteceu no dia 15 de janeiro de 1972, na goleada por quatro a zero sobre o Santos, um amistoso disputado no Palestra Italia. Naquele dia, nem mesmo o Pelé e o Carlos Alberto Torres foram capazes de conter o ímpeto palestrino.

Peça fundamental da Segunda Academia, o jogador chegou para disputar a posição com o Pio, ponta-esquerda que estava no clube desde 1969. A competição não atrapalhou a boa relação que os dois cultivavam desde os tempos de Ferroviária. Uma semana após estrear, o atacante marcou, no dia 22 de janeiro, o seu primeiro gol com a camisa do verdão, na goleada de sete a zero sobre o Steaua Bucareste (Romênia), no Palestra Italia. Os primeiros jogos de 1972 serviram como prenúncio duma temporada perfeita, num ano em que o clube alviverde conquistou todos os títulos que disputou: Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista, Torneio Mar Del Plata (Argentina), Taça Laudo Natel e Taça dos Invictos. Além dos troféus obtidos em 1972, o craque ainda foi campeão brasileiro em 1973 e estadual em 1974 e 1976.

Ao todo, o ponta-esquerda disputou 489 partidas pelo clube palestrino e marcou 72 gols. É o nono atleta com mais jogos pelo Palmeiras. Entre 1972 e 1980, registrou 254 vitórias, 155 empates e 80 derrotas. Após a aposentadoria, em 1983, passou a morar na cidade de Ibitinga, no interior de São Paulo, onde abriu uma pizzaria. Também deu aulas numa escolinha de futebol local durante 20 anos. Até hoje, guarda com carinho as lembranças do período em que vestiu verde e branco. Sobre o jogador, o depoimento do inesquecível Ademir da Guia: “Além de um grande jogador, o Nei era uma grande pessoa, um cara extremamente educado e com uma família ótima. Em campo, atuava pelo lado esquerdo e, em alguns momentos, fechava para fazer um terceiro ou quarto homem de meio-campo. Quando ia até a linha de fundo, cruzava muito bem. Sempre sobrava uma bola para mim”.


 

 



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