pedro-rocha2Pedro Rocha

Pedro Rocha, ex-ídolo do São Paulo e da seleção uruguaia, morreu nesta segunda-feira (02/12/2013), aos 70 anos, na sua casa na capital paulista. A informação foi confirmada por seu filho, Pedrinho. O meia-atacante jogou quatro Copas do Mundo, foi ídolo no Peñarol, do Uruguai, (81 gols em 159 jogos), no São Paulo (113 gols em 375 jogos), e da Celeste Azul (17 gols em 52 jogos). Era também apreciado por Pelé, que o considerava um dos cinco maiores de todos os tempos.

Pedro Virgilio Rocha Franchetti nasceu no dia 3 de dezembro de 1942, na cidade de Salto, São Paulo. Mudou-se com a família para o Uruguai com apenas um ano e meio de idade e se naturalizou naquele país. Em 1960, chegou ao Peñarol, que era bicampeão uruguaio e tinha um elenco de craques. Foi deslocado para a ponta direita. Ganhou três títulos seguidos, completando o famoso “quinquênio” saudado até hoje pelos torcedores do clube. Foi ainda campeão uruguaio em 1964, 1965, 1967 e 1968. Ganhou três Libertadores — 1960, 1961 e 1966. Na última, marcou cinco gols em dois jogos seguidos, com diferença de 20 dias, contra o grande rival Nacional. Ganhou o Mundial de Clubes em 1961 e 1966.

pedro-rocha in1Pela Seleção Uruguaia, estreou em 29 de novembro de 1961 com uma derrota contra a União Soviética. Em 1967, fez o único gol da vitória sobre a Argentina, o que garantiu a Copa América para o seu país. Chegou ao São Paulo em 15 de setembro de 1970, para se juntar a Gérson Nunes e Toninho Guerreiro, duas grandes contratações que o tricolor havia feito para buscar um título paulista. O clube, que construía seu estádio, estava há treze anos sem vencer. O seu começo foi decepcionante. Não conseguia se acertar num time que já tinha um craque como Gérson. Chegou a ser escalado como centroavante. Foi para a reserva. Até o final de 1971, havia feito 59 jogos e 13 gols — e colaborado com os dois títulos.

No ano seguinte, já sem Gérson, deslanchou. Fez 56 jogos e 25 gols. Foi o primeiro estrangeiro a ser artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 17 gols, juntamente com Dadá Maravilha. Em 1975, foi campeão paulista novamente. Em 1977, deixou o time paulistano por não se adaptar ao estilo imposto pelo técnico Rubens Minelli. Foi para o Coritiba e ganhou o campeonato paranaense. Antes de se aposentar, em 1980, teve passagens pelo Palmeiras, Bangu e Monterrey, do México. Trabalhou como treinador no Mogi Mirim, Portuguesa e Internacional. Foi dono de bingo e teve problemas financeiros graves. Ao morrer, tinha uma aposentadoria de R$ 1.800,00. O São Paulo ajudava em seu tratamento médico. Foi apelidado de “Verdugo”, pela facilidade em fazer gols.

 

 



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