15 de agosto de 2012
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feir (14/08/2012) a primeira campanha de atualização da caderneta de vacinação de crianças menores de 5 anos. Começará no próximo sábado (18) e seguirá até o dia 24 de agosto, em 34 mil postos de saúde espalhados por todo o país. O objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas. A expectativa é atingir 14,1 milhões de crianças. “Temos um calendário complexo, com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Muitos pais acham que o esquema está completo, mas não está”, disse. Esta também será a oportunidade de conferir a caderneta da criança e completá-la, caso haja alguma vacina com o esquema incompleto.
Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e a meningite) e a dose contra a hepatite B. A VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio. Menores de cinco anos que vivem nas regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância.
Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição, Patrícia Jaime, 2.434 municípios das regiões selecionadas vão distribuir o suplemento. A expectativa é que três milhões de crianças tenham acesso à megadose de vitamina. Cálculos da pasta indicam que aproximadamente 20% dos menores de cinco anos apresentam algum tipo de deficiência de vitamina A. A previsão é que, até final do ano, a distribuição do suplemento chegue a todos os municípios que fazem parte do programa Brasil sem Miséria. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), lembrou que a deficiência de vitamina A está relacionada a problemas como a diarreia e as doenças respiratórias. “Fazer essa distribuição nas regiões mais pobres é um fator importante para reduzir ainda mais a mortalidade na infância e as internações”, concluiu.
05 de junho de 2012
Começou nesta segunda-feira (04/06/2012) a distribuição gratuita de remédios contra a asma nas drogarias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular. A medida integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio pela presidente Dilma Rousseff. De acordo com o Ministério da Saúde, os três medicamentos — brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol — estarão disponíveis em mais de 20 mil estabelecimentos em todo o país. Para retirar os remédios, é preciso apresentar um documento com foto, o CPF e a receita médica dentro do prazo de validade.
Com a medida, o ministério espera atender, prioritariamente, crianças com até 6 anos, já que a asma está entre as principais causas de internação nessa faixa etária. A iniciativa beneficiará cerca de 2 milhões de famílias que vivem na extrema pobreza. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças com essa idade. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a incorporação dos medicamentos deverá ampliar o orçamento atual do Programa Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões ao ano. Atualmente, o programa Farmácia Popular atende a 200 mil pessoas que buscam remédios para a asma, mas a previsão é que a gratuidade beneficie até 800 mil pacientes por ano.
COMENTÁRIO: Excelente esse programa do Governo Federal. O problema é que, pela sua grandiosidade, é difícil controlar, já que o Poder Público depende da boa fé da farmácia inscrita no programa e do paciente que procura pelo remédio gratuito. Aqui em Franca, por exemplo, quatro farmácias estão sendo processadas pelo Ministério Público Federal por fraude contra o programa. As fraudes são acima do R$ 1 milhão e se basearam em pedidos inexistentes e receitas médicas fajutas. Sinceramente, acho que, por mais incompetente que possam ser as prefeituras, a liberação desses medicamentos deveria ser feita através das secretarias municipais de saúde.
01 de junho de 2012
O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no país. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas — cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral —responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto (foto), são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar. “Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do país”, disse a diretora executiva da ACT, Paula Johns, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.
No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. “Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças”, afirma Paula. Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre as reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.
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