ALEXANDER I PAVLOVICH nasceu no dia 23 de dezembro de 1777, na cidade de São Petersburgo, Rússia. Morreu no dia 1.º de dezembro de 1825, na localidade de Taganrog, nas proximidades do Mar de Azov. Subiu ao trono em 23 de março de 1801, depois que o pai, o imperador Paulo I, foi assassinado. A mãe, a imperatriz Catarina II, convidou, então, Frédéric-César La Harpe para conselheiro do filho.
Este era seguidor das ideias iluministas e excelente educador, passando a ter bastante influência sobre o imperador. O reinado foi marcado por uma política externa flutuante. Aliado da Inglaterra e da Áustria na coalizão de 1805 contra a França revolucionária, participou da terceira coalizão contra Napoleão Bonaparte, mas as forças russo-austríacas foram vencidas em Austerlitz em 1805. Fez aliança com a Prússia, mas, depois das derrotas de Eylau e de Friedland em 1807, viu-se obrigado a assinar o Tratado de Tilsit, tornando-se aliado da França. Declarou guerra à Inglaterra e aderiu ao bloqueio continental.
Esse bloqueio, entretanto, foi-lhe prejudicial, pois seu país tinha na Inglaterra sua principal importadora de trigo e matéria-prima. Atacou então a Suécia para obter a Finlândia em 1808 e renovou as hostilidades contra a Turquia, continuadas até a Paz de Bucareste em 1812. O ressentimento russo com o sistema continental dominado pelos franceses provocou a invasão da Rússia pelas tropas napoleônicas em 1812, o que fez a Europa se levantar contra o invasor. Marchou para Moscou, tomada pelas forças estrangeiras, e foi parte ativa na destruição do exército napoleônico em Dresden e em Leipzig. Perseguiu implacavelmente o exército francês e entrou em Paris em 1814 com os aliados. Após a campanha da Rússia, contribuiu para a restauração da dinastia dos Bourbons na França.
Em 1815, inspirou a Santa Aliança da Europa Cristã, com os soberanos da Áustria e da Prússia com o objetivo de resgatar o poder das dinastias absolutistas europeias. No Congresso de Viena, em 1815, recebeu a Polônia, assumindo trono e dando-lhe uma nova Constituição. Voltando à Rússia, a partir de 1818 adotou políticas retrógradas e reacionárias que o alienaram do povo, possibilitando o surgimento de movimentos de oposição. Um desses movimentos, liderado por um grupo de nobres insatisfeitos chamados dezembristas, pedia também o fim da autocracia. Esse fato, aliado ao motim de seu regimento pessoal, a morte da filha e uma grande inundação em São Petersburgo, deu-lhe os motivos para a abdicação. Morreu antes, ao contrair malária quando estava a caminho de uma aldeia nas proximidades do Mar de Azov.