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Categoria: Jornalistas
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ibrahim-sued in1Ibrahim Sued

Nasceu no dia 23 de junho de 1924 e morreu no dia 1.º de outubro de 1995, na cidade do Rio de Janeiro.

Filho de imigrantes árabes, nasceu em família muito pobre, no bairro do Botafogo. Cresceu no Bairro da Tijuca e na Vila Isabel. Morou também muitos anos em quartos de pensão em Copacabana. Foi aluno de escola pública, onde concluiu o antigo curso ginasial. Aos 17 anos de idade, empregou-se no comércio. Devido aos frequentes atrasos, abandonou esse emprego. Iniciou a carreira na imprensa como repórter fotográfico em 1946, fazendo plantão nas redações das sete horas da noite às sete da manhã.

Na década de 1940, foi companheiro de boemia de personalidades como Carlinhos Niemeyer, Sérgio Porto, Paulo Soledade e Heleno de Freitas, com quem fundou o Clube dos Cafajestes. Em 1954, passou a trabalhar no jornal O Globo, onde permaneceu até falecer, em 1995. Ali se destacou, assinando uma coluna social que marcou época e influenciou inúmeros jornalistas. A coluna passou a ser lida por todas as camadas sociais a partir do final da década de 1950, tendo passado a conviver com personalidades famosas no Brasil e no exterior. No fim da década de 1950, passou a manter o programa Ibrahim Sued e Gente de Bem na antiga TV Rio, onde apresentava entrevistas, reportagens filmadas e comentários sobre a sociedade em geral.

Em 1985 foi homenageado no carnaval carioca pela Escola Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo Ibrahim, De Leve Eu Chego Lá. Em 1993, deixou o jornalismo diário e passou a publicar apenas uma coluna dominical no O Globo. Cunhou expressões que se tornaram marcantes, como “de leve”, “sorry periferia”, “depois eu conto”, “bola branca, bola preta”, “ademã, os cães ladram e a caravana passa”, “olho vivo, que cavalo não desce escada” e outras. Produziu os filmes Quelé do Pajeú, em 1969, baseado na obra de Lima Barreto, e Roleta Russa, em 1972, dirigido por Bráulio Pedroso. Trabalhou como ator no filme O Descarte, de Anselmo Duarte, em 1973. Também deixou frases que entraram para a história do jornalismo: Jânio Quadros é um débil mental, o João Goulart era um despreparado e o Leonel Brizola é um arrivista...”. “Realmente, transei com a Ava Gardner e a Marilyn Monroe. Mas acho que, naquele tempo, quem não era bom de cama era eu...”. Os políticos só fazem demagogia...