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Categoria: Mitologia Grega
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Há cinco versões sobre esse mito. Na principal delas, ele foi rei da cidade de Argos. Era filho do Linceu e da Hipermnestra. Por conseguinte, era neto do Dânao, considerado um dos reis históricos da cidade. Do seu casamento com Aglaia — uma das três graças —, teve os gêmeos Preto e Acrísio, que viriam a lutar pelo trono depois da sua morte. Num dos demais mitos, aparece como filho do deus Poseidon (Netuno para os romanos) com a ninfa Aretusa. Noutra versão, ele é filho da Hipotoeme e Metanira. Nesse mito latino, por ter zombado da deusa Ceres, foi transformado em lagarto. Aparece, ainda, numa quarta versão, como companheiro do Diomedes, que seria o rei de Argos. Na tradição menos comentada, ele é filho de Melampo, que viveu  e foi rei em Argos.

A cidade de Argos é famosa na antiguidade. Situa-se na Península do Peloponeso. Foi a primeira grande cidade grega a se destacar no comércio do Mar Mediterrâneo Oriental, particularmente com a Fenícia. Segundo o historiado Eusébio de Cesareia, a partir dos livros do Castor de Rodes, o primeiro rei foi Ínaco, que reinou por cinquenta anos, seguido pelo Foroneu, que reinou por sessenta anos. Baseando-se nestes números, Jerônimo de Estridão calculou o início do reinado de Ínaco em 1857 a.C. Isaac Newton, em sua revisão da cronologia antiga, colocou a fundação da cidade bem mais tarde: em 1080 a.C. Na era homérica, pertenceu a um súdito do Agamenon e deu nome à região que a cerca — a Argólida — conhecida como Argeia pelos romanos.

Alguns dos reis mitológicos de Argos foram: Ínaco, Foroneu, Argos, Agenor, Tríopa, Iaso, Crotopo, Estenelo, Pelasgo, Dânao, Linceu, Abante, Acrísio, Proteu, Megapentes, Perseu, Argeu e Anaxágoras. Posteriormente três reis passaram a governar separadamente: Bias, Melampo e Anaxágoras. Melampo foi sucedido pelo filho Mâncio, depois Óicles e Anfiarau. A linhagem do Melampo durou até os irmãos Alcmeão e Anfíloco, que lutaram na Guerra de Tróia. Bias teve como sucessor o filho Talau. Anaxágoras foi sucedido pelo filho Aletor. Ífis, que veio depois, deixou o reino para o sobrinho Estenelo, filho do seu irmão Capaneu. Esta linhagem durou mais que as de Bias e Melampo. Tempos depois, o reino foi reunido sob o domínio do Cianipo.