ALOPE era filha do rei de Elêusis, Cércion. De grande beleza, foi seduzida pelo Poseidon, deus do mar, e correspondeu. Relacionou-se com o deus, sem dar conhecimento ao pai. Da união nasceu um filho. Não podendo ficar com a criança, enrolou-a em seu manto, deu-a a uma serviçal para que ela o abandonasse numa montanha. Uma vez na floresta, a criança foi encontrada por um pastor. Ao tentar dá-la a outro pastor, surgiu uma diferença entre eles sobre com quem ficaria o manto de alta qualidade.
Os dois, então, resolveram levar o assunto ao tribunal do rei. Na mesma hora, Cércion reconheceu o manto da filha. Ao obter a confissão da serviçal, mandou aprisionar Álope. Quanto ao neto, não sabendo quem era o pai, mandou abandoná-lo na floresta outra vez. Novamente, a criança foi encontrada por pastores, que o alimentaram e criaram. Recebeu o nome de Hipótoon. Álope morreu na prisão e foi enterrada na estrada de Elêusis. Mais tarde, o deus Poseidon transformou o corpo da falecida numa fone. Além disso, deu o nome da amada a uma cidade da Tessália. Hipótoon cresceu. Com a morte do avô Cércion, tornou-se da sua cidade.