Cicno

CICNO, na tradição mais corrente, era filho do Poseidon, deus do mar, com a Escamandrôdice. Logo ao nascer, foi abandonado junto ao mar. Um cisne tomou-o sob seus cuidados. Mais tarde, esposou a filha do rei de Troia, a Procleia. Com ela, teve os filhos Tenes e Hemiteia. Quando a Procleia morreu, casou-se com a Filonome. Esta, entretanto, apaixonou-se pelo enteado Tenes. Não correspondida, vingou-se do rapaz acusando-o ao pai de tê-la ultrajado. Cicno, então, encerrou o filho e a irmã Hemiteia num cofre e os lançou ao mar. Os dois irmãos conseguiram se salvar e estabeleceram-se na Ilha de Lêocofris, à qual deram o nome de Tênedos. Algum tempo depois, ao conhecer a verdade, Cicno foi à ilha para reconciliar-se com o filho. Este se recusou a acolhê-lo e, ainda por cima, cortou o cabo que prendia o navio à margem, deixando-o ao sabor de fortes ventos.

Outras tradições

CICNO era filho do Poseidon, deus do mar, com a Cálice. Na Guerra de Troia, lutou ao lado dos troianos. Impediu o avanço dos gregos, até que se deparou com o Aquiles. De origem divina, tinha o dom da invulnerabilidade. Entretanto, o Aquiles conseguiu derrubá-lo. Antes de ser asfixiado pelo heroi grego, foi pelo pai transformado em cisne.

CICNO era rei dos ligúrios, povo da Península Itálica. Ficou inconsolável com a morte do amigo Faetonte, fulminado pelo deus supremo Zeus. Apolo, o deus da luz, transformou-o em um cisne.

CICNO era filho do deus da luz, Apolo, e da Tíria. Caprichoso e duro, tinha o estranho costume de submeter os amigos a provas diversas, como forma de assegurar a fidelidade deles. Um desses amigos, o Fílio, com a ajuda do Héracles (Hércules) conseguiu cumprir todos os trabalhos que lhe foram impostos. Mas, cansado, abandonou o Cicno. Este, desesperado, jogou-se com a mãe em um lago. Apolo, o deus da luz, os transformou em cisnes.

CICNO era filho do Ares, deus da guerra, e da Pelópia. Atacava os viajantes e oferecia os despojos ao pai. Como as vítimas eram, sobretudo, peregrinos que iam à cidade de Delfos para fazer oferendas a Apolo, o deus da luz, este resolveu puni-lo, incitando o Héracles (Hércules) a matá-lo.