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Categoria: Mitos Gregos
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Cila

CILA, na tradição mais corrente, era filha do rei Niso, da cidade de Mégara. Apaixonada pelo Minos, filho do Zeus, o deus supremo, invasor da sua pátria, não hesitou em matar o próprio pai para beneficiar o amante. Matou o pai enquanto ele dormia, cortando-lhe uma madeixa de ouro que o retinha à vida e o tornava invencível. Minos, que antes lhe tinha prometido casamento, ficou horrorizado com o crime. Por isso, não só não cumpriu a promessa, como a atou na proa do seu navio, vindo ela a se afogar. Os deuses a transformaram numa garça, enquanto o pai Niso transformou-se em águia-marinha.

Noutra tradição, a Cila era uma ninfa. Linda, recusou o amor do Glauco, um deus marinho. Este, para conquistá-la, pediu a ajuda da Circe, filha do deus-sol Apolo. A maga, por ciúmes, porque ela própria amava o Glauco, preparou um poderoso veneno e o lançou na fonte na qual a Cila costumava se banhar. Quando a ninfa mergulhou, transformou-se, sob a influência do veneno, num monstro. A parte superior dela permaneceu igual, mas das suas virilhas nasceram seis cabeças de cão, com enormes goelas. Desolada com a aparência, a Cila jogou-se ao mar e estabeleceu-se num rochedo à margem do Estreito de Messina, diante da Caribde. Junto com este outro monstro, passou a aterrorizar os marinheiros que passavam pelo local. Os navegantes eram atraídos e devorados. Desse modo, o herói Ulisses perdeu seis companheiros.

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