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Categoria: Compositores Clássicos
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livro bioAngústia
& Triunfo

31/05/2017 — Fruto de mais de uma década de trabalho, “Beethoven: Angústia e Triunfo” é uma biografia escrita pelo Jan Swafford. A obra alia rigor e entusiasmo ao oferecer um retrato detalhado da vida e da obra do compositor alemão. Além da compreensão profunda do músico revolucionário, o autor busca fontes até então pouco exploradas para retraçar a vida íntima do homem, desfazendo mitos persistentes e descobrindo novos detalhes sobre as principais influências formadoras do autor da “Nona Sinfonia”. Ludwig van Beethoven (1770-1827) personificou a formação de uma sensibilidade moderna na música. Foi contemporâneo do Iluminismo alemão e símbolo do Romantismo europeu. Mesmo vítima de uma surdez progressiva, criou obras que desafiaram os limites do seu tempo.

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Ludwig van Beethoven nasceu no dia 16 de dezembro de 1770, na cidade de Bonn, Alemanha. Morreu no dia 26 de março de 1827, na cidade de Viena, Áustria. Teve uma infância difícil. O pai vivia bêbado, adotando por vezes um comportamento violento para com ele. A situação financeira era precária. A mãe morreu quando tinha 16 anos. Ele, então, passou a cuidar dos irmãos menores, tornando-se o verdadeiro chefe da família. Com esses percalços, só encontrava derivativos na música. Aprendeu órgão, piano e composição. Ainda jovem, publicou sua primeira obra.

Em 1792, mudou-se para Viena, onde teve aulas com Joseph Haydn. Contratado por um membro da nobreza, pôde se dedicar inteiramente à música. Em seguida, compôs e publicou trios e sonatas e obteve extraordinário êxito como pianista. Voltou a conviver com os irmãos, que passam a cuidar financeiramente da carreira. Embora rico, era solitário, vivendo especialmente em contato com a natureza. Mais tarde, traduziria essas impressões na Sexta Sinfonia, chamada Pastoral. Sua solidão se agravou com a surdez. Ele passou a temer que os outros percebessem o seu mal e que isso lhe trouxesse a ruína. Procurou disfarçar por todos os meios, afastando-se cada vez mais do convívio humano. Uma de suas alunas se apaixonou por ele, mas ele preferiu a irmã dela.

Não declarou o seu amor e viu a moça se casar com outro. Para esquecer, atirou-se com afinco ao trabalho. Compôs, assim, a Primeira Sinfonia, que estreou em 2 de abril de 1800. Um ano mais tarde, apaixonou-se novamente. Mas outra vez vê a sua paixão se entregar a outra pessoa. Embora tenha dedicado à amada a Sonata ao Luar, quase chega ao suicídio. Vencida a crise, compôs a Segunda e a Terceira sinfonia. Nesta última, homenageou Napoleão Bonaparte, mas quando este se corou imperador, rasgou a dedicatória. Sucederam-se outras composições: Missa Em Dó Maior, Quarta Sinfonia, Quinta Sinfonia e Sexta Sinfonia, entre 1806 e 1809. Em 1812, terminou a Sétima Sinfonia e, a seguir, a Oitava Sinfonia. A sua música alcançou com essas obras êxito mundial. A Nona Sinfonia, de 1824, confirmou o sucesso. Sua vida foi retratada nos filmes Minha Amada Imortal, de 1994, e O Segredo de Beethoven, de 2007.