Chiquinha Gonzaga

FRANCISCA EDWIGES NEVES GONZAGA nasceu no dia 17 de outubro de 1847 e morreu no dia 28 de fevereiro de 1935 na cidade do Rio de Janeiro. Autodidata, compôs aos onze anos a música natalina “Canção dos Pastores”. Com dezesseis anos foi forçada pelo pai a se casar com um oficial da Marinha Mercante. Com ele teve três filhos. Em 1877, infeliz com a vida que levava, abandonou o marido. Passou a cuidar apenas do filho mais velho. Ainda em 1877 estreou oficialmente como compositora com a música “Atraente”, uma polca. No mesmo ano profissionalizou-se como pianista. Nas apresentações, passou a atuar ao lado do flautista Joaquim Antônio da Silva Calado.

A dupla se tornou precursora do gênero musical chamado de “choro” ou “chorinho”. Em 1885 estreou como maestrina — a primeira do Brasil — com a opereta “A Corte da Roça” e passou a dirigir os concertos da banda da Polícia Militar do Rio de Janeiro. É autora da primeira marcha carnavalesca do país denominada “Abre Alas”, lançada em 1899. Entraram para a história os versos “Ô abre alas que eu quero passar. Eu sou da lira, não posso negar”. Entre 1902 e 1909 viajou pela Europa, tornando-se famosa em Portugal. Além de duas mil composições musicais, deixou escritas 77 peças teatrais. Como ativista política no Século 19 participou ativamente das campanhas pelo fim a escravatura e pela proclamação da República.