Caracala

MARCO AURÉLIO ANTONINO nasceu no dia 04 de abril de 188, na localidade de Lugdunum (atual Lyon, França). Morreu no dia 8 de abril de 217, na Mesopotâmia (Oriente Médio).

Filho do imperador Setímio Severo e Júlia Domma, em 211 foi proclamado imperador, partilhando o poder com o irmão, Públio Setímio Geta. Este, que tentara envenená-lo, no ano seguinte foi assassinado nos braços da própria mãe. Segundo os historiadores, não tinha escrúpulos. Era cruel e ambicioso e sonhava igualar os feitos de Alexandre — o Grande (famoso rei macedônico, considerado o maior guerreiro de todos os tempos).

Por isso, empreendeu várias campanhas militares, vencendo os alamanos (povo germânico ocidental), em 213. Três anos depois, entrou em guerra com os partas (Pérsia). Durante esta campanha foi assassinado por Marcos Macrino, prefeito do guardas, que o sucederia em seguida. Administrativamente, deixou em Roma belos monumentos, pois foi um grande construtor. As termas (locais antigos de banhos públicos) às margens da Colina Aventino, que têm o seu nome, são de complexa estrutura arquitetônica e de grande luxo.

Seu reinado foi marcado pelo chamado Édito de Caracala (212), o qual concedeu a cidadania romana a todas as províncias, o que colocava no mesmo nível jurídico os latinos e os provinciais. No entanto, algumas categorias ficaram excluídas, notadamente os bárbaros, habitantes das fronteiras e a maior parte das populações rurais. O édito permitia aos membros das elites locais o acesso a uma carreira na administração imperial e unificava as relações jurídicas privadas pela aplicação generalizada do direito romano na justiça civil. Foi um avanço para a época.