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18/12/2021 — A Editora LeYa está mandando para as livrarias o histórico “Os Últimos Czares”, escrito pelo historiador brasileiro Paulo Rezzutti. A trama resgata os detalhes trágicos do desaparecimento do czar Nicolau 2.º, da czarina Alexandra e dos cinco filhos do casal. Desde a ocorrência dos fatos no final do Século 19, muitos boatos sobre o assassinato da família real percorreram o imaginário do mundo ocidental. O autor, assim, se propõe a trazer luz para os acontecimentos. Durante a Revolução Russa de 1917, os bolcheviques capturaram a família imperial, assassinando todos brutalmente em 1918. Mas antes disso muita coisa ruim rolava na Rússia.

01Nicolau 2.º
NICOLAI ALIEKSÁNDROVICH ROMANOV nasceu no dia 18 de maio de 1868 na cidade de São Petersburgo, Rússia. Morreu no dia 17 de julho de 1918 na localidade de Ecaterineburgo. Último czar da Dinastia dos Romanov, subiu ao trono em 1894. Continuador da política absolutista de do pai Alexandre 3.º, intensificou a repressão policial e a censura. O despreparo militar e a corrupção do exército provocaram a derrota do país na guerra contra o Japão entre 1904 e 1905. Isso agravou a crise interna e originou uma séria revolta popular. Ele se viu, então, obrigado a ceder.

Prometeu ao povo várias reformas, entre elas a convocação da Duma (espécie de parlamento). Terminada a guerra no Extremo Oriente e sufocada a revolta interna, dissolveu a primeira e a segunda Duma, mas manteve a terceira. A repressão violenta, com fuzilamentos de operários, camponeses e estudantes, e o consequente recrudescimento do terrorismo abalavam a opinião pública. Por outro lado, ele sofria grande influência da esposa (uma princesa alemã), a czarina Alexandra Feodorovna. Enquanto isso, a corte era cada vez mais invadida pela devassidão e por um misticismo enfermiço, na qual pontificava o monge Grigori Rasputin, muito influente junto à czarina.

Essa influência era graças Pa promessa de curar o Alexi, punico filho homem do casa, que sofria de emofilia. Na Primeira Guerra Mundial, aliada à França e à Inglaterra, a Rússia assistia à intensificação da corrupção entre a nobreza, enquanto os desastres militares e os sacrifícios a que era submetida a população geravam uma situação insustentável. Em 1917, eclodiu a revolução, a qual obrigou o czar a renunciar por si e pelo filho Alexis, então com treze anos. Com a czarina, o filho e as quatro filhas, o Nicolau 2.º foi exilado em Tobolsk na Sibéria e, depois, em Ecaterineburgo nos Montes Urais. Nesse último lugar,  toda a família foi executada a tiros por ordem do Vladimir Lênin, então chefe do novo governo. Mais tarde, a família recebeu a canonização como mártir por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.


 

 

 



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