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Categoria: Reis
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amenofis-iv1Amenófis IV

Também conhecido por Amenotep e Aquenáton, nasceu em dia, mês, ano incertos do século XIV antes da Era Cristã.

Era filho de Amenófis III, o nono rei da XVIII Dinastia, e da rainha Tié. Cresceu no Palácio de Malaqata, localizado ao sul da cidade de Tebas. Durante o reinado do seu pai, o Egito viveu uma era de paz, prosperidade e esplendor artístico. Não se sabe muito sobre a sua infância, dado que não era hábito entre os antigos egípcios documentar a vida das crianças da família real. Na juventude, ao que parece, era fisicamente débil, não lhe agradando as atividades relacionadas com a caça e o manejo de armas. Não estava destinado a ser rei. Este lugar seria ocupado pelo irmão mais velho, Tutmés.

O irmão, porém, morreu antes do pai e ele ascendeu à categoria de “Filho Maior do Rei”, o herdeiro do trono. Seu reinado (compartilhado com a rainha Nefertiti, com quem teve seis filhas) foi marcado por importante revolução religiosa. Num ataque à influência política dos sacerdotes de Amon e outros deuses, substituiu-os por Aton, representado pelo disco solar, que passou a ser objeto de culto de essência monoteísta. Após tentar inutilmente a conciliação com os sacerdotes de Tebas, transferiu a capital para uma nova sede, no Médio Egito, que recebeu a denominação de Aktaton (ou Akhet-Aton): “sítio da glória real de Aton”. Esse nome foi depois modificado para Amarna e, mais modernamente, para Tell-al-Amarna.

O faraó mudou também o seu próprio nome. De Amenotep (que significa “Amon está satisfeito com esta pessoa”), foi para Aquenáton (“o que é obediente a Aton”). O seu período se caracterizou por mudanças profundas na constituição do estado, nos costumes e até nas artes, que estavam estáticas há milênios. Foi denominado pelos egiptólogos “a época da revolução de Amarna”. Ele, contudo, envolvido em questões religiosas e tendendo ao misticismo, deixou de lado a política externa, facilitando a invasão hitita (povo oriundo da atual Turquia) em áreas de influência egípcia. A oposição do clero tebano (tanta que no reinado seguinte o culto a Amon foi restaurado) enfraqueceu a já decadente dinastia.