Assurbanipal

Nasceu em dia e mês incertos do ano de 690 a.C. e morreu em dia e mês incertos do ano de 627 a.C.

Filho mais moço de Assardão, recebeu a coroa assíria (região do atual Iraque), enquanto ao seu irmão mais velho coube o trono da Babilônia. Esse fato gerou perigosa rivalidade entre os dois. Grande conquistador e chefe militar, retomou a conquista do Egito, dominando o Delta, Mênfis e Tebas. Após uma tentativa de sublevação egípcia, enviou novas tropas, obrigando o faraó Tanutamon a se refugiar na Etiópia. Tebas, a capital, foi então retomada e destruída (663 a.C.). Devido à extensão do seu império, viu-se obrigado a lutar em várias fronteiras ao mesmo tempo e contra revoltas nos seus próprios domínios.

Ao noroeste, enfrentava os povos aliados à Lídia; ao norte, combatia os persas; e, ao sul, os caldeus. Em 648 a.C. teve de enfrentar a rebelião do seu irmão. Seu reinado marcou o apogeu da Assíria no domínio militar, político e cultural. Durante o seu período, foi criada a biblioteca de Nínive, com seus 20 mil tijolos recobertos de escrita cuneiforme. Essa biblioteca continha milhares de textos (crônicas, cartas reais, decretos, religião, mitos, e muitos outros) escritos em tabuinhas de barro cozido. Mas era também um homem de requintada crueldade, que se comprazia em alardear as medidas drásticas com que torturava os inimigos e rebeldes. Nos últimos anos do seu reinado, o império já estava em decadência. O Egito foi perdido definitivamente, enquanto os medos, os citas e os caldeus redobravam seus ataques.