Filipe 2

FILIPE SEGUNDO nasceu no dia 21 de maio de 1527 na cidade de Valladolid, atual Comunidade Autônoma de Castela e Leão, Espanha. Morreu no dia 13 de setembro de 1598 na cidade de Escorial, Região de Madrid. Assumiu o trono da cidade de Nápoles no dia 25 de julho de 1554, o trono da Espanha no dia 16 de setembro de 1556 e o trono de Portugal no dia 17 de maio de 1581. Filho do rei Carlos V e da Isabel de Portugal, foi criado no Reino de Castela. Recebeu uma educação exclusivamente espanhola.

Frio e austero, escondia sob essa aura um grande poder de reflexão. Duque de Milão e rei de Nápoles em 1554, soberano dos Países Baixos, tornou-se rei da Espanha com a abdicação do pai. Enquanto isso, o tio Ferdinando I tomou o título de imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Essa divisão consagrou a impossibilidade da tentativa de um império multinacional. Pouco amado pelos flamengos, também não conseguiu seduzir os ingleses quando da estada de 14 meses na Inglaterra, quando, viúvo da primeira esposa, a Maria de Portugal, casou-se por razões políticas com a rainha Maria Tudor.

Dono de imensas possessões que reuniam a Espanha, as duas Sicílias, os Países Baixos e no além-mar o México, o Peru e as Filipinas, continuou a luta do pai contra a França. Conseguiu diversas vitórias, o que levou os franceses a assinarem um tratado em que abriam mão de várias regiões da Itália. Era um homem excessivamente católico. Na Espanha, foi-lhe relativamente fácil aniquilar os protestantes e os mouros entre 1568 e 1570. Antes de morrer teve de enfrentar o levante dos Países Baixos, o que levou à independência do território. Também havia problemas nas colônias de além-mar. As dificuldades financeiras, bem como a luta contra a heresia, levaram-no a impor ao império uma pesada centralização burocrática, a qual duplicou a tirania espiritual exercida pela inquisição.