Beato & milagre

16/10/2021 — O papa Francisco reconheceu um milagre atribuído à intercessão do papa João Paulo 1.º, abrindo assim caminho para a beatificação. Durante audiência ao prefeito da Congregação Para as Causas dos Santos, o Francisco autorizou a promulgação do decreto relativo ao milagre supostamente ocorrido. Esse milagre refere-se à suposta cura inexplicável de uma criança argentina que sofria de grave doença cerebral. Um conselho médico teria analisado o caso, concluindo no relatório que a cura era cientificamente inexplicável. A causa da canonização foi aberta em novembro de 2003, 25 anos após a morte do papa. O processo terminou em novembro de 2017 com o decreto sancionado, o qual proclamou as virtudes heroicas do João Paulo 1.º. Ainda não há data para a beatificação, primeiro estágio para uma futura canonização.

01João
Paulo 1.º

ALBINO LUCIANI nasceu no dia 17 de outubro de 1912 na cidade de Canal Agordo, Região do Vêneto, Itália. Morreu no dia 28 de setembro de 1978 na cidade de Roma. Decidiu seguir a carreira religiosa ainda na pré-adolescência. Assim, incentivado pelos pais, concluiu o colégio num seminário católico. Ordenou-se sacerdote com 23 anos em 1935. Assumiu depois um cargo de professor no Seminário de Belluno, onde ensinou teologia dogmática, direito canônico e arte sacra. Mais tarde, doutorou-se em Teologia Sacra na Universidade Gregoriana de Roma.

Conseguiu a nomeação para o cargo de bispo em dezembro de 1958. Participou do Concílio Vaticano 2.º em 1962 e se tornou patriarca da cidade de Veneza. Ascendeu ao posto de cardeal em março de 1973. Nunca pensou em se candidatar ao cargo de papa. Mas a morte do papa Paulo 6.º em 1978 causou um grande baque no seio da igreja. Muitas facções se digladiavam em busca do poder supremo. Tanto é que o nome dele só veio a receber o apoio da maioria dos cardeais numa terceira votação. Superou o ultraconservador italiano José Siri, numa jogada política dos cardeais progressistas. Assumiu o cargo no dia três de setembro de 1978, mas não durou muito. Governou a igreja apenas 33 dias ao morrer, segundo os médicos, de embolia pulmonar. Ficou conhecido pela alcunha de “papa sorriso”.


 

 

 



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