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Categoria: Políticos Brasileiros
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LUIZ CARLOS PRESTES nasceu no dia três de janeiro de 1898, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Morreu no dia sete de março de 1990, na cidade do Rio de Janeiro. Militar e político gaúcho, integrou o alto comando da Coluna Prestes, movimento que percorreu o Brasil em protesto contra o governo. Ganhou o epíteto de “Cavaleiro da Esperança”.

Realizou os primeiros estudos na cidade natal. Depois de terminar o curso da Escola Militar do Rio de Janeiro, transferiu-se para o Rio Grade do Sul. Em 1924, tornou-se líder do movimento tenentista, formado por oficiais contrários à República Velha. Sublevou sua guarnição em Porto Alegre e partiu para o Paraná para se encontrar com outros rebeldes da revolta de São Paulo. Formou com eles a Coluna Miguel Costa-Prestes. Essa coluna percorreu 25 mil quilômetros por treze estados do país para propagar as ideias revolucionárias.

O movimento sobreviveu até 1927. Depois disso, procurado pelas forças federais, exilou-se na Bolívia e, depois, na Argentina. Nesse período de exílio, entrou em contato com o marxismo e o comunismo. Foi preso em Buenos Aires em 1930. Ao sair da prisão, mudou-se para a cidade de Montevidéu e, depois, para Moscou, na Rússia. Voltou ao Brasil em 1935 já casado com a comunista alemã Olga Benário. Participou ativamente do movimento Intentona Comunista, com o objetivo de dar um golpe de estado no governo do presidente Getúlio Vargas. O movimento fracassou, redundando na prisão do casal. Processado, foi condenado a 46 anos de prisão.

Na mesma época, a mulher foi deportada para a Alemanha, então sob o regime nazista. Anistiado em 1945, assumiu a direção do Partido Comunista Brasileiro, elegendo-se senador constituinte pelo Distrito Federal. Em 1947, a Justiça Eleitoral cancelou o registro do PCB e, a seguir, extinguiu os mandatos parlamentares comunistas. Passou, então, a atuar na clandestinidade. Com o movimento militar de 1964, teve os direitos políticos cassado, partindo novamente para o exílio. Voltou ao Brasil em 1979, beneficiado pela Lei da Anistia. Deixou o PCB em 1980 ao ser afastado da secretaria-geral do partido. Participou do movimento das Diretas-Já em 1984. Morto em 1990 em decorrência de leucemia, foi postumamente anistiado pelo Exército Brasileiro, recebendo a patente de coronel.