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Poeta cita que cantou a viagem de Apolo, deus da luz, ao país dos Hiberbóreos (povo mítico situado no extremo norte). O deus fez dele seu sumo-sacerdote, concedeu-lhe o dom da adivinhação e o presenteou com uma flecha que tinha o poder de transportá-lo pelos ares, motivo pelo qual passou a ser designado como aeróbata. Ainda segundo a lenda, que mistura realidade com ficção, Pitágoras (filósofo grego), que teria sido seu aluno, roubou-lhe a flecha. Ele teria, ainda, vendido o paládio (um atributo da deusa Palas Atena que lhe servia de talismã) aos troianos. Heródoto (historiador) diz que ele tinha viajado por todo o mundo sobre uma flecha, sem necessitar de ingerir qualquer alimento. Platão (filósofo) o descreve como um “médico trácio” que curava tanto a alma quanto o corpo através de “encantamentos”.

Pausânias (historiador) faz referência a um templo de Perséfone (divindade agrícola), em Esparta, a que teria presidido. Jâmblico (filósofo) também se refere a ele na sua Vita Pythagorica, em que diz que ele teria purificado Esparta e Cnossos, entre outras cidades, de diversas pragas. Também aparece numa cena deste mesmo livro, ao lado de Pitágoras, tentando convencer o tirano Siciliano Fálaris a se converter a uma vida de virtude, não obstante a sua obstinação perante uma discussão em que abordam temas divinos. Jâmblico ainda se refere, ao mesmo tempo em que desaprova, a sua perícia no sacrifício de animais. O Suda (compilação da antiguidade grega) atribui vários livros a ele, entre os quais um volume de Oráculos Citas em hexâmetro dactílico, uma teogonia em prosa, uma súmula sobre rituais de purificação e um relato da visita de Apolo aos Hiperbóreos.


 

 



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