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Categoria: Mitos Gregos
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20200517aReia

REIA era uma deusa da Frígia, região situada na área da atual Turquia. É chamada pelos mitólogos como “mãe dos deuses” ou “grande mãe”. Filha do Urano (Céu) e da Gaia (Terra), tornou-se esposa do irmão Crono. Dele, teve os filhos Zeus, Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Era honrada na Ásia Menor, de onde o seu culto se estendeu por todo o mundo grego, chegando também a atingir o mundo romano. Enquando a filha Deméter é a deusa da natureza cultivada pelos homens, a Reia personifica a natureza no seu poder vegetativo e selvagem.

Está entre as divindades da fertilidade. Partilha com o filho Zeus o poder sobre a reprodução das plantas, dos animais, dos deuses e dos homens. É conhecida por outros diversos nomes: Ops, Cibele, Boa Deusa, etc. Segundo a região, seus sacerdotes chamam-se Curetes, Coribantes, Dáctilos e Cabiros. De acordo com o mito, sempre que dava à luz a algum filho, o marido Crono engolia o recém-nascido. Fazia isso para fugir da profecia segundo a qual um dos filhos o destronaria. Quando pariu Zeus, usou de um estratagema para enganar o Crono. Escondeu o filho e, no lugar dele, colocou enrolada num manto uma pedra que o marido engoliu.

Mais tarde, na idade adulta, o Zeus reapareceu e destronou o pai, cumprindo-se a profecia. Na arte, a deusa é representada num carro puxado por leões ou acompanhada desses animais, símbolo da força. No carro, ela tem na mão uma chave, com a qual abre a porta da terra, onde estão encerradas as riquezas. Na cabeça, sustenta pequenas torres significantes das cidades sob a sua proteção. Não há lendas específicas a respeito da Reia, salvo a que relata seus amores com o pastor Átis. Esses amores representam a origem ou a transposição dos mistérios orgíacos e órficos da ressurreição. No Império Romano, a Reia passou a se chamar Cibele. Aqui, as festas dela com o pastor Átis constituíam uma só liturgia. Essas festas eram celebradas no período de 15 a 27 de março.