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Categoria: Mitos Gregos
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oto e elfiates2Aloídas

OTO e ELFIATES, irmãos gêmeos, filhos do Poseidon, deus dos mares, com a Ifimedia, esposa do Aloeu. Embora considerados gigantes, são posteriores aos filhos da Gaia (Terra) e não têm nenhuma relação aqueles outros seres primitivos. Segundo a descrição do poeta Homero, distinguiam-se pela grande beleza física. Conta a lenda que Ifimedia, apaixonada pelo Poseidon, costumava passear à beira do mar, pegando água das ondas em suas mãos e derramando-a em seu peito. O deus do mar acabou cedendo a esse amor e lhe deu os dois filhos. Como o esposo da moça se chamava Aloeu, os filhos ficaram conhecidos como Aloídas. Eram gigantes fortes e agressivos, com um crescimento extraordinário.

A cada ano cresciam cerca de 50 centímetros em largura e cerca de 150 centímetros em altura. Com nove anos de idade e treze metros de altura e 4,5 metros de largura, decidiram fazer guerra aos deuses. Para isso, colocaram o Monte Ossa sobre o Monte Olimpo e o Monte Pelion em cima dos outros dois, ameaçando escalar o céu. Depois, anunciaram que lançariam as montanhas sobre o mar para secá-lo e colocariam o mar onde, até então, era a terra. Aprisionaram o Ares num vaso de bronze. O deus da guerra ficou assim treze meses até que Hermes, o deus mensageiro, conseguisse libertá-lo, num estado de esgotamento extremo. Paralelamente a tudo isso, os dois gigantes faziam a corte às deusas Ártemis, da vegetação, e Hera, do casamento e da família.

Oto queria raptar a Hera, enquanto Efialtes perseguia a Ártemis. Todas essas façanhas exageradas acabaram atraindo para os dois irmãos o castigo dos deuses. Ártemis, seguindo conselho do irmão Apolo, deus do sol e da luz, conseguiu enganar os gigantes, transformando-se em corça e saltando entre eles. Na ânsia de caçar o esplêndido animal, eles atiraram as suas lanças um contra o outro, matando-se. Segundo outra versão, foram eliminados pelo próprio Apolo, quando este descobriu o plano de invadir o Monte Olimpo, a morada dos deuses. Uma terceira versão diz, ainda, que foram fulminados pelo Zeus, o deus supremo, e precipitados nos infernos, conhecendo um suplício sem fim. Amarrados a uma coluna cercada por serpentes, eram torturados perpetuamente por uma coruja que grita sem parar. Numa outra versão, foram aprisionados no Tártaro, onde ficaram aprisionados por toda a eternidade.