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Categoria: Santos Franceses
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01Santa
Júlia

MARIA ROSA JÚLIA BILLIART nasceu no dia 12 de julho de 1751 na cidade de Cuvilly, França. Morreu no dia oito de abril de 1816, na cidade de Namur, Bélgica. Recebeu a beatificação em 1906 pelo papa Pio 10 e a canonização no dia 22 de julho de 1969 pelo papa Paulo VI. Foi a fundadora da Congregação de Notre Dame de Namur. A Igreja Católica a festeja no dia oito de abril de cada ano. Era filha de camponeses pobres e muito religiosos, que também possuíam um comércio.

Como já havia aprendido todo o catecismo aos oito anos, o padre a autorizou a fazer a primeira eucaristia. Sempre precisou trabalhar, já que a família passava por dificuldades econômicas. Mesmo com todas as ocupações, sempre procurava tempo para visitar os enfermos e os abandonados, ajudando-os e orando por eles. Aos 21 anos foi vítima de um trauma, que carregaria pelo resto da vida: quando trabalhava com o pai, um indivíduo disparou um tiro de fuzil contra ele. Em decorrência disso, teve uma paralisia nas pernas, devido ao choque emocional.

Suportou a doença por 22 anos. Mesmo assim, continuou com os afazeres de atendimento aos mais necessitados. Em 1790, devido à Revolução Francesa, teve que fugir, em vista da perseguição religiosa, sendo obrigada a trocar de residência constantemente. Os sofrimentos agravaram de tal forma o seu problema que chegou a perder a fala por alguns meses. Em 1793, teve um delírio, que alegou ser uma visão. Aos pés de uma cruz, ela alegava ter visto um grupo de mulheres vestindo roupas estranhas e escutou uma voz que dizia: “Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz.” No final do regime de terror na França, mudou- se para Amiens, onde recobrou a fala e conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Boudon.

Essa mulher muito inteligente e culta era a Viscondessa de Gézaincourt, que seria amiga íntima e colaboradora. Naquela cidade, as duas mulheres fundaram o Instituto de Nossa Senhora, atual congregação de Notre Dame de Namur. A finalidade da instituição era o cuidado espiritual de crianças e formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa sem distinções entre as integrantes. Assim que ingressaram ao instituto algumas candidatas, abriu-se um orfanato e inauguraram-se salas noturnas de catequese. Em 1804, junto com um padre fez uma novena ao Coração de Jesus, e, no quinto dia, voltou a andar. A saúde lhe permitiu consolidar e expandir a obra constituída: foram inaugurados os conventos de Namur, de Gante e de Tournai. Passou os últimos sete anos da vida formando  religiosas e fundando novas casas.