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13/10/2019 — O Papa Francisco proclamou a religiosa Irmã Dulce como a primeira santa nascida no Brasil, durante uma cerimônia realizada no Vaticano. O papa ressaltou a dedicação da nova santa aos pobres. Por isso, a religiosa passa a ser chamada de Santa Dulce dos Pobres. Na cerimônia, também subiram aos altares outros quatro santos: o cardeal britânico John Henry Newman (1801-1880), a religiosa italiana Giuseppina Vannini (1859-1911), a indiana Maria Teresa Chiramel (1876-1926) e a suíça Marguerite Bays (1815-1879). A Irmã Dulce, porém, é a mais jovem do grupo. Na esteira da canonização, o presidente Jair Bolsonaro liberou R$ 18 milhões para as obras de caridade da religiosa na Bahia.

Irmã Dulce
MARIA RITA DE SOUSA BRITO LOPES PONTES nasceu no dia 26 de maio de 1914 e morreu no dia 13 de março de 1992, na cidade de Salvador, Bahia. Filha de um professor universitário, desde muito cedo manifestou o desejo de seguir a carreira religiosa. Com treze anos de idade, começou a visitar áreas carentes da capital baiana, ajudando mendigos, enfermos e desvalidos. Com catorze anos, tentou entrar no Convento da Santa Clara do Desterro, mas, por causa da pouca idade, foi recusada. Só foi admitida na instituição quando completou dezessete anos. Colou grau de professora primária em 1933 quando já pertencia à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição. Tomou o hábito de freira em 1934, assumindo o nome de “Irmã Dulce”. 

Em 1936, com vinte e dois anos, fundou a primeira obra de caridade, a União Operária São Francisco, o primeiro movimento cristão operário da Bahia. No ano seguinte, criou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas, construídos com doações populares. Em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários de Salvador e seus filhos. O conjunto de instituições criadas por ela transformaram-se nas “Obras Sociais da Irmã Dulce”. Depois da sua morte, em 1992, seus adeptos começaram a campanha para a beatificação. Em 2000, como primeiro passo nessa direção, recebeu o título de “Serva de Deus”, assinado pelo Papa João Paulo II. A beatificação aconteceu em maio de 2011, iniciando-se, em seguida, o processo de santificação.


 

 

 



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