20191204bCarmenta

CARMENTA era uma ninfa, divindade secundária, uma das representantes da força que preside a fecundidade da natureza fluvial. Era filha do  Rio Ladão, cuja nascente está no Monte Cilene, na Região da Arcádia. Da sua união com o deus mensageiro Hermes, nasceu Evandro. Com o filho, deixou a Grécia para se refugiar junto ao Fauno, rei do Lácio. Aliás, nessa região, o filho, mais tarde, fundaria a cidade de Palanteu. Primitivamente, a Carmenta era chamada de Nicóstrata, Têmis, Timandra ou Telpusa. Recebeu o atual nome quanto chegou à Península Itálica. De acordo com as melhores tradições, a ninfa possuía o dom da profecia e fazia suas previsões em verso (carmen).

Era considerada a divindade protetora da gravidez, do nascimento e das parteiras. Quando o Héracles (Hércules para os romanos) passou por Palanteu, no retorno da expedição contra o Gerião, a Carmenta previu o destino que aguardava o herói. Por isso, recusou o convite dele para participar da inauguração da Ara Maxima, altar de grandes dimensões, construído no Monte Aventino. Irritado, o Héracles proibiu, a partir daí, que mulheres assistissem à celebração do seu culto. A Carmenta morreu muito velha. O filho Evandro a sepultou aos pés do Capitólio, ponto culminante do Monte Capitolino, tradicionalmente dedicado ao deus supremo dos romanos, o Júpiter. No local, anualmente, passaram a se realizar festas solenes denominadas “Carmentálias”.


 

 

 



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