Cabiros
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CABIROS eram deuses venerados em diversos lugares da Grécia, da Macedônia e, mais especialmente, na Samotrácia, onde se encontrava o seu principal santuário. Permanecem sob mistério, pois pouco se sabe sobre os seus caracteres, sua natureza e origem. Numa tradição mais corrente, eram filhos da Cabiro com o deus do fogo Hefesto. O pai, mais tarde, lhes teria transmitido poderes sobre os metais e técnicas de metalurgia. Eram invocados para velar pela prosperidade dos campos e para proteger os marinheiros dos naufrágios, nas regiões cheias de escolhos.

Os gregos representavam-nos com um martelo na mão. As lendas referentes a eles são muito raras. Numa delas, faziam parte do cortejo da deusa-mãe Cibele. Por isso, frequentemente, são confundidos com os Coribantes e com os Curetes. Mais tarde, os romanos adotaram os cultos dos Cabiros, chamando-os de “deuses possantes”. Associavam-nos à tríade Júpiter, Minerva e Mercúrio, os correspondentes romanos ao deus supremo Zeus, à deusa da sabedoria Atena e ao deus mensageiro Hermes. Em Roma, eram retratados com um boné pontudo e um ramo de cipreste, emblema do mundo do além.

Referências

SAMOTRÁCIA — Ilha grega do norte do Mar Egeu, na zona conhecida como Mar da Trácia entre as ilhas de Imbros e Tasos, perto da costa da Trácia. Faz parte do arquipélago das ilhas Egeias do Norte.

CABIRO — Filha do Proteu e da Anquínoe. Era originária da cidade de Lemnos. Foi amada pelo deus do fogo Hefesto, de quem teve os cabiros e as cabírides.

HEFESTO — Deus do fogo e dos metais. Filho do deus supremo Zeus com a deusa da família Hera. É uma das doze divindades do Monte Olimpo.

CIBELE — Deusa da Frígia, frequentemente chamada de a Mãe dos Deuses. Filha do Urano (Céu) e da Geia (Terra), esposou o irmão Cronos, com quem teve o Zeus, a Hestia, a Deméter, a Hera, o Hades e o Poseidon.

CORIBANTES — Sacerdotes da Cibele. Celebravam a deusa com grande tumulto: danças alucinadas ao som de tambores e címbalos, misturado com cantos a altas vozes.

CURETES — Divindades nascidas na Eubeia. Para ajudar a deusa Cibele, impediram, com uivos e danças tumultuosas, o Cronos de ouvir o choro do recém-nascido Zeus, o futuro deus supremo.


 

 



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