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Categoria: Santos
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Thomas More

THOMAS MORE nasceu no dia sete de fevereiro de 1478 e morreu no dia seis de julho de 1535, na cidade de Londres, capital da Inglaterra. Fez os primeiros estudos na Escola Santo Antônio. Menino ainda, tornou-se pajem do arcebispo de Canterbury, John Morton, do qual recebeu decisiva influência intelectual. Em 1490, o arcebispo providenciou-lhe o ingresso na Universidade de Oxford, onde estudou Direito. Ao mesmo tempo, dedicou-se à Teologia às literaturas grega e latina. Nessa época, traduziu quatro diálogos do poeta Luciano de Samósata e uma biografia do filósofo Giovanni Pico della Mirandola.

Em 1505, casou-se. Ao mesmo tempo em que iniciou a vida familiar, começou a atuar na vida pública. Em 1504, elegeu-se para a Câmara dos Comuns. Desde então, esteve sempre na Política. Essa atividade se tornou mais intensa, especialmente depois de 1509, ano da morte do rei Henrique VII e a consequente ascensão do Henrique VIII ao trono inglês. Desempenhou diversas missões diplomáticas para o rei até culminar a carreira com o cargo de chanceler (primeiro-ministro) do reino. Mostrou-se um administrador que primava pela justiça e era verdadeiro amigo das classes menos favorecidas. Perdeu o cargo quando o rei pretendeu separar a Inglaterra da autoridade universal do papa.

Os problemas dele não pararam por aí. Instaurado o processo, recusou-se a assinar o Ato de Sucessão, o qual tornava sem efeito o casamento do rei com a rainha Ana Bolena. Preso na Torres de Londres, aproveitou o tempo para escrever o “Diálogo de Consolo Contra a Opressão”. No livro, procurava confortar a todos os que, como ele, sofriam por causa de princípios religiosos e de consciência. Na sua crença, manteve-se firme até a condenação à morte por decapitação. Por isso, tornou-se mártir da igreja. Sua vida de dedicação, levou à beatificação em 29 de dezembro de 1886 por ato assinado pelo Papa Leão XIII. A canonização aconteceu no dia 19 de maio de 1935 por decreto do Papa Pio XI. Em 2000, foi declarado “patrono dos estadistas e políticos” pelo Papa João Paulo II.

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Na vida intelectual, o Thomas More recebeu influências do filósofo holandês Erasmo de Roterdam. Com essa base, escreveu em 1516 a sua obra-prima, o livro “Utopia”. Na história, ele cria uma espécie de ilha-reino imaginária. Alguns historiadores viram no texto uma proposta idealizada de estado. Outros, entretanto, afirmam que a obra é uma sátira da Europa do Século XVI. Na literatura, também deixou para a posteridade as obras “História de Ricardo III” e o “Diálogo Sobre as Heresias”. Toda a obra literária do More inseriu-se nos quadros do pensamento renascentista, mais particularmente nas coordenadas do humanismo.