livio-abramo1Lívio Abramo

Nasceu no dia 26 de julho de 1903, na cidade de Araraquara, São Paulo. Morreu no dia 26 de abril de 1992, na cidade de Assunção, Paraguai, vítima de câncer no fígado. Filho de imigrantes italianos, foi o mais velho de seis irmãos, entre eles o jornalista Cláudio Abramo e a atriz Lélia Abramo. Autodidata, iniciou sua produção artística em 1926, ao criar gravuras em madeira. Mais tarde, dedicou-se à pintura e ao desenho.

Por influência de Lasar Segall, em 1933 voltaria à gravura. Inspirado no expressionismo europeu, começou a série Operários. A partir de então, desenvolveu seu maior legado à arte brasileira, ao inovar na xilogravura. Deu à técnica identidade nacional e desenvolveu uma maneira de usar o preto e o branco de forma a produzir contrastes fortes e dramaticidade. foi também o primeiro gravador a adotar uma temática humana e social. Seus temas preferidos foram os trabalhadores, as fábricas e a Guerra Civil Espanhola.

Ao final da década de 1940, abandonou o expressionismo. Em 1951, participou da I Bienal de São Paulo, com uma sala dedicada exclusivamente ao seu trabalho. Em 1956, teve o seu primeiro contato com a arte paraguaia. O encontro com o artesanato típico da região, o ñaduti, tornou-se fonte de inspiração para uma série de gravuras. Em 1962, aceitou a proposta para dirigir o Centro de Cultura da Embaixada do Brasil no Paraguai. São dessa época seus trabalhos mais conhecidos. Eles mostram nítida influência do abstracionismo. Dedicou-se com intensidade ao ensino da arte. Criou e dirigiu escolas no Brasil e no Paraguai, influenciando vários artistas de destaque dos dois lados da fronteira. Para ele, o segredo era trabalhar humildemente, sem ficar preso aos elogios.


 

 



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