Volpi
ALFREDO VOLPI nasceu no dia 14 de abril de 1896, na cidade de Lucca, Toscana, Itália. Morreu no dia 28 de maio de 1988, na cidade de São Paulo. Aos dois anos de idade veio coma família para São Paulo, fixando residência no Bairro do Cambuci. Autodidata, começou a pintar em 1911 ainda na adolescência, executando murais decorativos. Em 1922, passou a pintar também sobre tela e madeira. Antes da fama, porém, trabalhou até 1925 como decorador de casas, principalmente dos novos ricos que se instalaram na Avenida Paulista. Sempre dizia que “é sempre a cor que domina um quadro, senão, se faz um desenho: só linha e forma”.
De 1937 a 1940 integrou o Grupo Santa Helena, juntamente com Francisco Gonzales Rebolo, Mário Zanini e Aldo Bonadei. Integrou ainda a Família Artística Paulista, que se dedicava a uma pintura tradicional e figurativa. Em 1944 realizou a sua primeira exposição individual. Nos anos de 1950 evoluiu para a abstração geométrica, com uma série de bandeiras e mastros de festas juninas. Esta se tornaria a sua fase mais marcante, de acordo com os críticos de arte. Recebeu o prêmio de melhor pintor nacional na 2.ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo em 1953. Participou da Bienal de Veneza, Itália, em 1954, e da 1.ª Exposição de Arte Concreta dois anos depois. Morreu com 92 anos e deixou quatro filhos.
Quadro
27/11/2014 — “Bandeirinhas Com Mastros”, a tela de Alfredo Volpi, em leilão na Canvas Galeria de Arte, em São Paulo, foi arrematada por R$ 2 milhões por um empresário paulista. O quadro, registrado no Projeto Volpi, não era visto em público desde a retrospectiva dedicada ao pintor modernista em março de 2014. Pintada no início da década de 1970, a obra participou de várias retrospectivas do pintor desde 1975, entre elas a dedicada aos noventa anos do artista, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1986. O quadro se distingue da produção do artista pela cor e pela textura aveludada da tela, proveniente da casa de um colecionador mineiro, em que predomina o vermelho e se destacam bandeirinhas e mastros, figuras automaticamente associadas ao mestre modernista.